quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O que os bancos têm para te dar se lhes comprares um imóvel

Gtres
Comprar casas de bancos continua a ser uma alternativa a ter em conta para quem está à procura de um novo lar. As condições propostas pelas entidades financeiras já foram mais atrativas, mas continuam a ser, ainda assim, interessantes, sobretudo na hora de contrair um crédito à habitação.
Apresentamos-te agora as condições que, segundo o blog IMOnews Portugal, oferecem a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BPI, o Santander Totta, o BBVA e o Montepio se optares por comprares um dos imóveis que têm em carteira.

As ofertas de cada banco

Na CGD, as condições oferecidas variam consoante o tipo de aquisição: habitação própria, arrendamento ou investimento. No primeiro caso estão isentas as comissões de avaliação e a comissão de estudo. Além disso, financia a 100% do menor dos dois valores: valor de aquisição, construção, obras ou valor de avaliação. É aplicada uma taxa anual fixa a sete anos de 1,900%, sem adição de spread nestes primeiros sete anos.
No caso do BPI é atribuído um spread “especial” – atualmente, o banco tem no seu preçário uma margem mínima de 1,75%. A avaliação do imóvel deixa de ser necessária, bem como o registo provisório de hipoteca e respetiva conversão em definitivo. E mais: estão isentas as comissões iniciais do financiamento.
Já o Santander Totta financia até 110% do preço de venda do imóvel, mas com um máximo de 95% do valor de avaliação. Trata-se de uma percentagem que supera os cerca de 80% que os bancos nacionais emprestam atualmente. O prazo máximo de financiamento é 50 anos, sendo que no final do contrato nenhum dos mutuários poderá ter mais de 75 anos. O spread oferecido é de 1,99% durante todo o período e não há encargos de avaliação.
O BBVA pratica um spread a partir de 1% e financia até 100% da avaliação do imóvel. Não são cobradas comissões iniciais de crédito e, no caso do mercado espanhol, os descontos chegam a atingir os 60%.
Por fim o Montepio, que financia um mínimo de 10.000 euros e até um máximo de 100% do valor da aquisição. O empréstimo tem a duração, no máximo, de 40 anos e no final do crédito nenhum dos mutuários poderá ter mais de 75 anos. Há soluções de taxa variável e também de taxa fixa, sendo que os prazos podem ir dos dois aos 15 anos.
Artigo visto em 
Saiba o que é que os bancos ainda oferecem a quem comprar os seus imóveis (IMOnews Portugal)

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Poupe milhares de euros no crédito à habitação

Resultado de imagem para habitação pouparConheci estes dois casos e verifiquei que pouparam mesmo estes valores porque andei à procura de pessoas que seguiram a dica que demos em setembro passado no Contas-poupança (SIC, quartas-feiras, no Jornal da Noite) e que demos também aqui no Expresso. Quis saber se, de facto, as poupanças foram “reais” e se o processo decorreu como estava previsto.
Para quem não viu ou leu na altura, a dica é simples: se tem um spread igual ou superior a 2% tem neste momento bancos que lhe oferecem 1,25% e que suportam TODOS os custos da transferência.
Claro que nem todas as poupanças serão tão grandes como estas, mas em média é muito frequente conseguir baixar a sua prestação da casa em 100 ou 200 euros por mês, dependendo do valor do empréstimo e dos prazos.
O melhor de tudo é que não perde nada em tentar. Não paga nada por pedir uma simulação às empresas que no mercado fazem este serviço por si. Basta que vá ao google e pesquise “transferência de créditos”. As empresas que prestam este serviço não lhe cobram nada (ou quase nada) porque recebem uma comissão dos bancos que ficam com o novo empréstimo sem terem trabalho nenhum.
Nos seis meses a seguir à reportagem, o conjunto dos clientes que contactaram as empresas mencionadas pouparam no seu conjunto cerca de 50 milhões de euros. É muito dinheiro! Muitos deles nem sequer sonhavam que era possível fazer uma nova escritura de um empréstimo antigo.
Para mim, foi uma surpresa ter descoberto esta dica, porque, tal como muitos portugueses, sempre pensei que ao fazer um empréstimo junto de um banco tinha de o pagar até ao fim, sem nunca questionar se podia pagar menos. Quer dizer, podia questionar, mas pensava que só podia renegociar dentro do mesmo banco, tentando baixar o spread a custo da aquisição de mais produtos ou pedindo carência de capital.
A principal conclusão a que cheguei é que nós não estamos casados com os bancos. Desde que me paguem as despesas de transferência do crédito, porque é que não hei de mudar se fico a pagar menos? E daqui a 1 ano ou 2, se outro me fizer mais barato porque é que não hei de mudar outra vez?
Se o mercado funciona para eles, porque é que não havemos de usar o mercado a nosso favor? O que achei mais extraordinário é que nos casos mencionados ficaram com menos produtos associados e ainda conseguiram baixar também o seguro de vida pelas mesmas coberturas, ou até melhores.
É mais um caso daqueles em que está a aumentar-se a si próprio sem ter de estar a pedir ao patrão. É só uma questão de gerirmos bem o nosso tempo e o nosso dinheiro. O trabalho que dá é fazer uma nova escritura e mudar a domiciliação de pagamentos para um novo NIB. Eu por 80 mil euros não me importaria de fazer isso...
Claro que esta dica não se aplica a todos. Se o valor que deve ao banco for baixo (50 mil euros) ou o prazo que lhe falta pagar for inferior a 15 anos, provavelmente nenhum banco vai querer o seu empréstimo. Também depende dos seus rendimentos e se é um cliente de risco ou não (eles vão ver o seu histórico). Mas a questão é que vale a pena tentar. Não perde nada.
Não se esqueça de ler bem todas as letras miudinhas dos novos contratos que fizer. Só assina se concordar com tudo o que lá estiver escrito. Sublinho que, se não concordar com um parágrafo, pode perfeitamente dizer que quer alterar esta ou aquela cláusula. Está no seu direito. Não tem de aceitar tudo o que as empresas lhe põem à frente. Claro que podem recusar prestar-lhe o serviço ou não lhe conceder o crédito. Aí tem de avaliar. Mas pelo menos ficam a saber que sabe o que quer e o que está a fazer. E olhe que isso não é nada mau.

fonte: Expresso

BCE vai publicar nova taxa de juros de referência

taxa de juro
No mesmo dia em que decorre a conferência anual o Comité Europeu do Risco Sistémico, onde Mario Draghi discursa, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que planeia lançar uma nova taxa de juros de referência overnight, abrindo uma nova alternativa aos índices de referência do setor privado que foram atingidos pelo escândalo de manipulação destas taxa e que estão a ser reformados.

Segundo o comunicado do supervisor da moeda única, esta taxa, baseada em transações, “vai servir como barreira às taxas de referência dos privados. O BCE espera ter o processo de mudança concluído até ao final de 2020 e enfatiza que são importantes para os mercados financeiros, para a implementação da política monetária e são uma âncora dos contratos nos mercados financeiros.

“As taxas de juro de referência estão atualmente sob reformas profundas. O BCE decidiu tomar a iniciativa dado que as taxas têm um papel importante de âncora nos contratos nos mercados financeiros”, refere a nota divulgada pela entidade liderada por Mario Draghi, esta quinta-feira. As características de alto nível desta nova taxa de juros overnight virão a público no decorrer do próximo ano, bem como mais informações sobre o mercado monetário.

Na semana passada, o regulador manteve as taxas de juro na zona euro inalteradas e em mínimos históricos. Após a reunião do Conselho de Governadores, em Frankfurt,  o banco informou que deixou a taxa de juro diretora em 0%, um nível em vigor desde março do ano passado. A taxa de juro aplicável à facilidade de depósito também não sofreu alterações e permaneceu nos -0,40%, enquanto a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez ficou em 0,25%.
 
Fonte: Jornal Económico

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Covilhã. 6 razões para ir à serra mesmo sem neve

É conhecida como a porta de entrada na Serra da Estrela, mas na verdade há muito para fazer na Covilhã para além da neve. Da arte urbana ao hotel dedicado à lã, um roteiro onde também entra a natureza.

Já foi um dos maiores centros industriais do país, hoje restam cerca de 12 fábricas de lanifícios em funcionamento — e é preciso contar com todo o concelho do Fundão. Quando se fala na Covilhã é impossível não falar de lã, e não falar de neve. Às portas da Serra da Estrela, e em plena Rota da Transumância dos pastores, a cidade cresceu à sombra desta brancura a dobrar. Hoje é sobretudo uma cidade de turismo de inverno e de estudantes, muito por força da Universidade da Beira Interior, e os novelos desenrolam-se essencialmente no Museu de Lanifícios, instalado no edifício que em tempos funcionou como a Real Fábrica de Panos, mandada construir pelo Marquês de Pombal em 1764.
Duzentos e 50 anos depois, fomos ver o que a cidade oferece e trouxemos seis razões para se fazer à estrada sem esperar pelo inverno.

1. Visitar uma antiga fábrica de lãs transformada em polo criativo

São 10 mil metros quadrados onde velhas máquinas convivem com novas ideias e onde “todos vestem a camisola — a camisola de lã”. Naquela que em tempos funcionou como a fábrica de lanifícios António Estrela, considerada a mais antiga da Covilhã, existe hoje o New Hand Lab, um “projeto colaborativo de diferentes artistas” que procura manter vivo “o imaginário em volta da lã”. “Há quem nos chame a Lx Factory da Covilhã mas privilegiamos a criatividade e não o imobiliário”, explica Francisco Afonso, que herdou a fábrica da família e era já o proprietário quando ela fechou, em 2002. O que o atual dono e mentor do projeto quer dizer é que todos os artistas “estão presentes não por pagarem um aluguer, como se faz habitualmente nos espaços de cowork, mas por convite”. A escala também é diferente, assim como a hospitalidade: para além das cerca de 14 pessoas envolvidas atualmente, é o próprio Francisco — ou a mulher, Ana Almeida — que recebe quem quiser aparecer e visitar a fábrica.
“Interessa-nos preservar as memórias e o património”, esclarece, enquanto sobe e desce escadas, põe e funcionar máquinas antigas, desvenda salas a perder de vista, mostra o inventário de tecidos ou exibe, com orgulho, o Golden Needle, um prémio mundial de design têxtil que o pai recebeu em 1976 “pela riqueza com que misturava as cores”.
É também Francisco que explica o que são as escavações abertas junto à loja e ao bar do New Hand Lab: “Presume-se que sejam as ruínas da primeira manufatura de lãs da Covilhã — e do país –, datada de 1620. É possível distinguir o buraco onde funcionaria a caldeira, antes de tomar um chá numa das mesas que veio do refeitório da velha fábrica. “Também estamos abertos a jantares de grupo, por marcação”, acrescenta o proprietário. Como seria de esperar num verdadeiro projeto colaborativo, nessa noite todos ajudam, seja a cozinhar ou a levantar a mesa.
Rua Mateus Fernandes, Travessa do Ranito, Covilhã. 96 269 7493. Visitas todos os dias das 14h30 às 18h.

2. Ver arte urbana no centro histórico (e comer bem no final)

Nasceu para dar vida às paredes abandonadas da Covilhã e o nome é um resumo disso mesmo. O Wool, que à letra significa lã mas também pode funcionar como um homófono de wall (parede) é um festival de arte urbana realizado há seis anos que tem vindo a contar a história da cidade através de latas e pincéis. A ideia foi dos irmãos Lara e Seixo Rodrigues — filhos da terra, como não podia deixar de ser –, e desde 2011 mais de duas dezenas de artistas nacionais e internacionais têm espalhado as suas intervenções pelo centro histórico.
Embora haja passeios guiados pontualmente, qualquer pessoa pode agarrar no mapa feito pela organização e aventurar-se a pé. Um bom ponto de partida é o parque nas traseiras da Câmara Municipal e em cerca de uma hora e meia descobrem-se obras de maiores e menores dimensões, quase todas elas ligadas à história e ao património da cidade. Como não podia deixar de ser, a lã é evocada várias vezes, seja no pastor pintado pelos ARM Collective ao lado da Igreja de Santa Maria ou na mulher de três braços que Tamara Alves colocou junto ao miradouro, a tecer as suas próprias roupas. Mas também há referências ao fado “Covilhã, Cidade Neve”, de Amália Rodrigues (na intervenção tipográfica dos Halfstudio), à lenda da Serra da Estrela (Gijs Vanhee) ou aos andorinhões que voam em bandos ruidosos, sobretudo ao início e ao final do dia (Pantónio).
Terminado o passeio, se quiser retemperar forças da caminhada ali mesmo pelo centro (e voltar ao ponto de partida — as traseiras da Câmara Municipal), uma boa opção para almoçar é a Taberna A Laranjinha, renovada este verão e onde a cozinha típica é adoçada, no final, pelo cremoso de requeijão com doce de abóbora. Se preferir subir até à serra, experimente o Varanda da Estrela, nas Penhas da Saúde, onde o arroz de zimbro do Ti Manel (11€) é a estrela da carta. O zimbro é criado ali mesmo na Serra, “devido às grandes diferenças de temperatura”, como explica uma das funcionárias, e acompanha carne de vitela. Se preferir peixe, o bacalhau com espinafre em crosta de broa (12€) também é uma excelente opção.

3. Dormir num hotel dedicado à lã

As cores escolhidas são as que se podem encontrar naturalmente nas ovelhas portuguesas e os materiais mais usados andam entre a pedra e a madeira. Entrar no Pura Lã Wool Valley é como descobrir uma enorme casa beirã onde se respira o espírito rústico e industrial dos lanifícios. Conhecido em tempos como o Hotel Turismo da Covilhã e localizado logo à entrada da cidade, há cerca de oito meses o hotel foi completamente remodelado para servir como uma espécie de portal de tudo o que envolve a lã (ou não fossem os proprietários também donos da marca Tricots Brancal, natural da Covilhã).
Para além da decoração, recheada de pormenores que remetem para a indústria — dos novelos expostos em vitrines às mantas tricotadas aos pés da cama, passando pela parede de picar o ponto que veio de uma antiga fábrica ou pela fachada em forma de tear gigante — a remodelação trouxe também espaços mais modernos. A começar pela loja, logo à entrada, com produtos de artesões locais, passando pelo espaço dedicado às crianças, com tablets nas paredes, pufes e PlayStations para jogar, e a terminar nos dois espaços onde se come: o Bar Bistro, com petiscos escritos na ardósia, montra de queijos da Serra e cocktails preparados à vista dos hóspedes, e o restaurante principal, que tanto funciona em regime buffet como à carta e onde o chef Helder Bernardino dá primazia aos produtos locais, com a ajuda de uma nutricionista que indica sempre qual a opção mais saudável do dia (incluindo ao pequeno-almoço).
Com quatro rotas preparadas para propor aos hóspedes consoante diferentes perfis (em família ou a dois, por exemplo), criadas precisamente para “mostrar que a Covilhã é muito mais do que neve”, o hotel dispõe ainda de um spa com um tratamento original e digno da região: um ritual da lã em que o corpo é massajado da cabeça aos pés e é a lã virgem que serve de esponja através da qual se aplica um óleo quente à base de azeite extra virgem… da Beira Baixa, claro.
Alameda Pêro da Covilhã. 27 533 0400. Quarto duplo a partir de 60€ por noite.

4. Comer o que o forno preparou (e refrescar na piscina)

São 1,20 metros de largura por 0,80 de altura, um “senhor forno” que garante a fama d’A Cozinha d’Avó. O restaurante faz parte do Clube de Campo da Covilhã, o que quer dizer que fica ao lado de quatro courts de ténis e de duas quadras oficiais de squash, com vista para uma piscina exterior onde se podem dar mergulhos (por 5€/dia).
Dentro da cozinha, é o chef António Mendes que segura a pá que empurra os tabuleiros com os pratos mais conhecidos: cabrito no forno a lenha com batata assada e esparregado de feijão verde, polvo à lagareiro, bacalhau com queijo da serra, panela no forno, arroz de carqueja com entrecosto, bacalhau na telha, arroz à valenciana (manda a tradição local que este é o prato a comer aos domingos, explica o chef) e ainda cozido e feijoada, também eles cozinhados no forno generoso.
As doses são fartas e a conta é amiga (cerca de 15€ por pessoa, sem bebidas), mas vale a pena guardar espaço para as sobremesas tradicionais, das farófias à mousse de chocolate, passando pela tigelada da Beira, o arroz doce, as papas de carolo e o pudim de ovos — feito, claro está, no “senhor forno” de 1,20 metros de largura.
Quinta do Covelo, Apartado 459, Covilhã. Restaurante: 27 533 1174. Preço médio: 15€ sem bebidas.

5. Mergulhar em águas geladas

Quando não há neve, mergulha-se, pelo menos enquanto o bom tempo o permitir. E a partir da Covilhã tem várias praias fluviais conhecidas. A de Valhelhas é a mais famosa e fica em plena Serra da Estrela, o que significa que as águas do Zêzere onde se refresca não estão muito longe da nascente. Em Manteigas, a praia fluvial do Sameiro também tem um atrativo, sobretudo para os mais radicais: o Ski Park, onde é possível aprender a fazer ski numa pista artificial, enquanto a neve não chega. Mas há outras: a praia fluvial de Unhais da Serra, equipada com chuveiros e zonas relvadas com chapéus de colmo, Vale do Rossim — a praia fluvial mais alta do país, e onde é possível ficar alojado nos yurts(tendas circulares) do Vale do Rossim Eco Resort –, a de Louriga, escondida bem no meio da serra e com água límpida no meio dos rochedos, ou ainda a do Paul, mais semelhante a uma piscina natural do que a uma praia, e onde a elevação das rochas oferece o derradeiro bónus: cascatas.

6. Comprar português numa antiga mercearia

O nome ficou de 1935 e os móveis também, mas nos dias que correm A Tentadora já não é uma mercearia onde se abastece a cozinha mas sim uma loja de produtos portugueses que funciona também como espaço de cowork e pequeno museu de objetos antigos. Nas prateleiras e atrás do balcão de mármore alinham-se as cerâmicas da Laboratório d’Estórias, os lápis da Viarco, as plantas da Life in a Bag, as velas da Greatest Candles, os potes e ladrilhos da Tasa e algumas marcas vizinhas, como a Zêz, que faz compotas em Manteigas, ou a Daki, de sabonetes fabricados no Fundão.
Há dois anos que a loja funciona como uma montra cuidada de Portugal, embora inicialmente tenha aberto apenas com o objetivo de ser um espaço de trabalho. As secretárias dos quatro ocupantes do cowork lá estão, no meio da loja, mas são facilmente retiradas para receber workshops pontuais (como por exemplo de fotografia) ou sessões do clube de leitura.
Se gosta de pequenos cursos, de mãos dadas com boas compras, aponte também outra morada do centro histórico da Covilhã: a da Cinco, (Rua Jornal de Notícias da Covilhã, 5), uma loja/atelier de duas designers gráficas onde se fazem workshops de feltragem, tecelagem e macramé.
A Tentadora: Rua Alexandre Herculano 21, Covilhã. Segunda a sexta das 9h30 às 13h e das 14h30 às 19h. O horário ao sábado varia, pelo que é melhor confirmar através da página de Facebook.
Uma parte dos móveis recuperados da mercearia está ocupada com a coleção de objetos antigos do proprietário. Uma viagem à infância. © Imagem retirada do Facebook






sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Subida do preço das casas em Portugal acelera

imobiliario
De acordo com os últimos resultados do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário (Ci), esta valorização homóloga registada em maio de 2017 acelera o ritmo homólogo de subida, que em abril havia sido de 5,7%. Foi mesmo uma das mais acentuadas desde 2009, o início da série analisada no âmbito deste Índice, subindo um ponto percentual face à valorização homóloga de 5% registada em maio do ano passado e triplicando relativamente à taxa de 2% observada no início de 2016.

Em termos mensais, o ritmo de valorização do preço das casas em Portugal tem apresentado uma relativa estabilização, com a taxa de variação mensal a oscilar entre os 0,8% e os 0,3% nos últimos três meses.

Face ao mínimo do mercado, que foi alcançado em junho de 2013, os preços das casas já cresceram 15,4% em termos acumulados, apurou ainda a Confidencial Imobiliário.
 
Fonte: Jornal Económico

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Deco Alerta: Crédito com reafectação da cobertura hipotecária? Ensinamos-te a decifrar

GtresPodem esclarecer acerca da nova legislação sobre o crédito hipotecário?
 
Estamos perante um decreto-lei publicado em 23 junho, o decreto-lei nº 74-A/2017, que entra em vigor a 1 janeiro 2018 e é aplicável aos contratos relativos a imóveis, embora não se aplique aos contratos de crédito com reafectação da cobertura hipotecária.
 
O crédito com reafectação da cobertura hipotecária consiste num empréstimo que tem, em regra,  como público-alvo consumidores com idade superior a 65 anos, com uma casa paga, situada numa área urbana, onde residam e quer seja passível de ser dada como garantia (hipoteca).
 
Apesar de não se tratar de um crédito à habitação ou conexo (os chamados multiopções ou multiusos), reforçamos que o imóvel é dado como garantia.
 
Como é, então, feito o reembolso do crédito? O referido diploma distingue duas possibilidades:
  1. É convencionado que o consumidor efetua um pagamento único ou pagamentos periódicos (por exemplo: pagar os juros do empréstimo numa tranche anual)
  2. Carência total de juros e capital durante o prazo do crédito, prevendo-se o reembolso apenas no final do contrato ou até que ocorra um evento específico na vida do consumidor que leve à resolução do contrato. Nesta segunda hipótese, os juros são também financiados, o que aumenta consideravelmente o valor da dívida.
Que tipo de evento específico pode ocorrer na vida do consumidor para justificar que a instituição de crédito exija o reembolso total do crédito?
 
Podemos apontar algumas possibilidades, como sejam o falecimento do titular ou se o mesmo deixar de residir no imóvel durante um período significativo (exemplo: mais de seis meses).
 
Na primeira hipótese (morte do titular do crédito), o crédito deverá ser reembolsado pelos herdeiros, sendo que a venda do imóvel é uma possibilidade para liquidar a dívida.
 
Conforme informámos anteriormente, este produto é dirigido especialmente a consumidores seniores, com mais de 65 anos, portanto um público-alvo vulnerável. Entende-se que o consumidor vulnerável é toda a pessoa que, em virtude da sua situação económica, social, cultural, profissional, humana, ou outra, se encontra no mercado numa posição de fragilidade que exige dos organismos públicos ou privados, dos reguladores ou do legislador uma especial intervenção preventiva.
 
Neste sentido, deverão ser reforçados os deveres de informação pré-contratual, de celebração do contrato e durante a sua vigência. A instituição de crédito deve disponibilizar toda a informação sobre as características do produto, respetivos riscos, eventuais limitações e custos, as condições e o preçário (incluindo comissões, despesas e taxas de juro), de modo a que o consumidor possa tomar decisões de forma esclarecida.
 
Caso a instituição de crédito possua sítio na Internet, deve disponibilizar o preçário na sua página, em local visível, de acesso direto e de forma facilmente identificável, sem necessidade de registo prévio do consumidor.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Setor da Construção e Obras Públicas dá sinais de recuperação

O número de trabalhadores do setor da Construção e Obras Públicas cresceu 8% até junho, para quase 310 mil trabalhadores, segundo dados do Inquérito ao Emprego, produzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A tendência positiva estende-se ainda à queda das insolvências e ao aumento da constituição de novas empresas, que registou um crescimento de 8,7% em relação ao período homólogo.
Também a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) mostra sinais de otimismo, que apontam para a recuperação e crescimento do setor. Na nota de conjuntura de agosto, a entidade revela, por exemplo, que o consumo de cimento aumentou 15% até julho, em linha com o Índice de Produção da Construção.
“A justificar o aumento da atividade dos vários segmentos do setor, observou-se, nos meses mais recentes, um forte dinamismo tanto no mercado imobiliário,particularmente o residencial, como no mercado das obras públicas”, lê-se no comunicado da FEPICOP, que revela aumentos de 84% e 88%, respetivamente, no valor dos concursos públicos promovidos e valor dos contratos, celebrados até julho de 2017 e face ao mesmo período do ano anterior.

Insolvências caem nos primeiros oito meses do ano

No que diz respeito ao número de insolvências registadas no setor nos primeiros oito meses do ano, diminuiu 17,4% face ao mesmo período do ano passado. Em agosto, as insolvências diminuíram 10% face ao mês homólogo, revela em comunicado a Iberinform, salientando que o número total de empresas insolventes nos primeiros oito meses de 2017 é inferior 15,7% ao valor registado em Portugal em igual período do ano passado.
Os números relativos à constituição de novas empresas também cresceu para 7,6%, atingindo um total mensal de 2.731 empresas, mais 192 que há um ano. No acumulado do ano, regista-se igualmente um aumento de 8,5%, com 27.699 novas empresas criadas nos primeiros oito meses. Entre os setores que manifestam maior peso e resultados positivos está o da Construção e Obras Públicas, com um crescimento de 8,7% relativamente ao mesmo período do ano passado.

Goodyear dá conselhos no regresso às aulas

Goodyear dá conselhos no regresso às aulasDurante a época de verão, intensificam-se as viagens na estrada. Após o regresso de férias e com muitos quilómetros efetuados, a revisão dos pneus é imprescindível antes de começarem a rodar de novo.
Uma correta manutenção dos pneus é sinónimo de segurança. Por isso, a Goodyear, está mobilizada para preparar o regresso às aulas e facultar aos utentes da via uma série de conselhos, imprescindíveis para a maior tranquilidade e segurança possíveis.
Em primeiro lugar, é crucial que se preste atenção à profundidade do piso dos pneus, um princípio simples que influi no bom funcionamento do veículo. Comprovar que a profundidade dos sulcos é maior do que 1,6 mm, que é a mínima exigida por lei, garante boa aderência e tração.
Do mesmo modo, a deteção de desgastes irregulares na banda de rolamento, que podem ser identificados através de uma simples inspeção ocular, é fundamental para prevenir possíveis males maiores no futuro. Além disso, evitar os 'lancis’ ao estacionar é um hábito que se deve adotar no dia a dia para proteger os pneus daquelas ações prejudiciais, capazes de causar graves danos e reduzir a sua vida útil.
Por fim, é essencial verificar e ajustar a pressão dos pneus periodicamente. Uma pressão correta garante maiores níveis de aderência e capacidade de travagem, daqui resultando uma condução mais estável e um bom controlo do veículo. Além do mais, circular com uma pressão inferior à recomendada pelo fabricante, pode influenciar o desgaste prematuro dos próprios pneus, provocar um furo ou um rebentamento em andamento, bem como aumentar as emissões poluentes e o consumo de combustível.
Héctor Ares, responsável de comunicação da Goodyear Dunlop, salienta que "no verão, o nosso veículo é mais utilizado do que habitualmente: carregamo-lo, deixamo-lo ao sol durante horas, por vezes dias, e isso pode afetar os pneus. Uma revisão preventiva pode ajudar-nos a encarar o regresso às lides com segurança e, em caso de dúvida, as oficinas de pneus podem ser os nossos melhores aliados".
Fonte: Revista dos Pneus

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Deco Alerta: Tens 33 anos e queres concorrer ao Porta 65 Jovem? Sim, vais poder candidatar-te



GtresA idade limite para se candidatar ao Porta 65 passa dos 30 para os 35 anos. As novas regras entram em vigor com o Orçamento de Estado para 2018. O próximo período de candidaturas arranca a 14 de setembro.

As candidaturas são submetidas através do Portal da Habitação. Para tal, é necessário introduzir o número de identificação fiscal e a senha do Portal das Finanças. Em cada ano, são abertos quatro períodos de candidaturas ao Porta 65: dois em abril, um em setembro (este ano começa às 10 horas do dia 14 de setembro e termina às 18 horas de 2 de outubro) e outro em dezembro. Cada um decorre durante, pelo menos, 15 dias. Para saber se tem direito a apoio, use o simuladordisponibilizado naquele portal.
Compete ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana avaliar as candidaturas e definir o montante a atribuir. O subsídio é mensal e calculado em função dos rendimentos e do número de pessoas que compõem o agregado, bem como da localização do imóvel. Regra geral, corresponde a 50% do valor da renda, mas pode atingir 70% em certas áreas (históricas ou de reabilitação urbana, por exemplo) ou 60%, se houver dependentes ou pessoas com deficiência no agregado.
O apoio ao arrendamento jovem é concedido por 12 meses, mas agora pode ser renovado até cinco anos, em vez dos antigos três. Para o efeito, deve apresentar a renovação da candidatura.

Quem pode candidatar-se

A idade de candidatura foi alargada dos 30 para os 35 anos. Assim, os candidatos ao Porta 65devem ter entre 18 e 35 anos. Caso se trate de um casal legalmente casado ou em união de facto, um dos elementos pode ter até 37 anos. Os jovens entre os 18 e 35 anos que vivam juntos - por exemplo, colegas de faculdade que partilham a casa - podem candidatar-se ao Porta 65, desde que se trate de uma habitação permanente. 
Os candidatos devem ter residência permanente na habitação a que respeita a candidatura, não podendo subarrendá-la ou hospedar terceiros. Caso não tenha a morada atualizada, isto é, residência permanente nessa habitação, convém pedir a atualização. A morada fiscal deverá ser igual à da casa arrendada. Pode fazê-lo diretamente no Portal das Finanças, selecionando a opção Entregar > Pedido > Alteração de Morada.
A atribuição do apoio obedece a alguns critérios, hierarquizados de acordo com a dimensão e composição do agregado familiar, taxa de esforço, rendimento mensal, proporcionalidade da renda e situação financeira dos ascendentes.
É dada prioridade aos candidatos ou agregados com rendimentos mais baixos. O rendimento mensal do jovem ou do agregado não pode ser superior a quatro vezes o valor da renda máxima admitida para cada zona. No entanto, o rendimento mensal corrigido (ou seja, apurado em função do agregado familiar) não pode ser superior a quatro vezes o salário mínimo (2228 euros). Já o total dos rendimentos brutos auferidos pelo jovem e por todos os membros do agregado tem de ser compatível com uma taxa de esforço máxima de 60 por cento.
Também é dada prioridade aos agregados com menores ou pessoas com deficiência e só depois às famílias com ascendentes a cargo, desde que os rendimentos destes sejam inferiores a três remunerações mínimas mensais garantidas (atualmente, 1671 euros).
Não poderão candidatar-se donos ou arrendatários de outras habitações e candidatos que beneficiem ou tenham beneficiado de quaisquer outros apoios à habitação, nem familiares do senhorio. Só podem candidatar-se os jovens com contrato de arrendamento ou contrato-promessa de arrendamento celebrado ao abrigo do Novo Regime de Arrendamento Urbano ou no regime transitório.
A nova lei aplica-se às candidaturas apresentadas a partir da entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2018.

Documentos para a candidatura

Os documentos a apresentar em formato PDF:
  • documento de identificação (B.I., Cartão do Cidadão, assento de nascimento ou título de residência);
  • contrato de arrendamento ou de promessa de arrendamento e último recibo da renda;
  • última declaração de IRS de todos os elementos do agregado familiar, relativa ao ano anterior (todos os anexos, incluindo frente e verso);
  • comprovativos de outros rendimentos (como bolsas ou prémios recebidos no âmbito de atividade científica, cultural ou desportiva, caso existam);
  • comprovativos de quaisquer outras prestações devidas por inexistência de rendimentos (ex.: subsídio de desemprego, baixa médica, caso existam);
  • declaração de início de atividade, caso o candidato a tenha iniciado no semestre anterior ao da candidatura;
  • comprovativo do grau de deficiência, caso exista;
  • indicação da conta bancária onde será depositado o subsídio;
  • endereço de e-mail;
  • planta da habitação e/ou caderneta predial comprovativa da área da habitação ou de assoalhadas sem janelas para o exterior (caso existam);
  • número de identificação fiscal e senha de acesso ao Portal das Finanças;
  • cartão de cidadão dos menores do agregado familiar;
  • nos casos em que os candidatos indiquem os respetivos ascendentes, incluir os comprovativos de rendimentos, a identificação dos mesmos e a declaração de autorização do ascendente (disponível na área de “Diplomas e Declarações” do Portal da Habitação);
  • nos casos em que os candidatos indiquem dependentes maiores, juntar os comprovativos da ausência de rendimentos (obtido nas Finanças e na Segurança Social), a identificação dos mesmos e a declaração de autorização do dependente (disponível na área de “Diplomas e Declarações” do Portal da Habitação);
  • outros documentos solicitados pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana para esclarecimento de situações específicas.
Em função das características da habitação ou dos candidatos (por exemplo, imóvel localizado em zona histórica ou candidato portador de deficiência), poderão ser pedidos documentos adicionais. Os resultados das candidaturas estão disponíveis no Portal da Habitação.