quarta-feira, 29 de março de 2017

10 coisas que deve ter em atenção com o IMI. Primeiro pagamento é em Abril

Porque o IMI é um imposto certo e regular e cabe ao contribuinte estar atento e paga-lo nos prazos devidos. Fique a par do que deve fazer. 

Prazos 
O IMI pode ser pago em 1, 2 ou 3 prestações, tudo depende do valor em causa. Sendo inferior a 250 euros é pagio de uma única vez em abril. Se exceder os 250 euros mas não os 500 é pagos em abril e novembro e se for superior a 500 euros tem de ser pago em abril, julho e novembro.
 
Taxa 
Depois de vários anos com a taxa a oscliar entre os 0,3% e os 0,5%, o patamar mais elevado do imposto baixou para 0,45%. A mudança entrou em vigor no ano passado, mas este será o primeiro ano em que será aplicada 

IMI Familiar 
Depois de vários anos com a taxa a oscliar entre os 0,3% e os 0,5%, o patamar mais elevado do imposto baixou para 0,45%. A mudança entrou em vigor no ano passado, mas este será o primeiro ano em que será aplicada 

Sol 
Em 2016 foram feitas várias alterações a alguns dos indicadores relevantes na determinação do valor patrimonial. Além de uma alteração dos coeficientes de localização a qualidade e conforto também foram mais valorizadas. Ter uma boa exposição solar pode aumentar o IMI. 

Piscina 
As autarquias (ainda) não pode avaliar casas, mas podem tomar a iniciativa de pedir a actualização do valor patrimonial, quando entendam que este está desactualizado porque a casa teve melhoramentos ou foi construída uma piscina, por exemplo.  

Onde pagar 
O IMI pode ser pago na rede do Multibanco, nas estações dos correios ou nos serviços de finanças.  

Atrasos
Tal como nos outros impostos, os atrasos no IMI também saem caros: implicam o pagamento adicional de coimas e juros, que serão tanto mais elevados quanto maior o atraso. 

Prestações 
No IMI não há possibilidade de pedir o pagamento em prestações, para além das fases que estão previstas na lei. Os planos prestacionais são possíveis, quando a cobrança avança para processo executivo. 

Isenção 
Além das isenções intemporais (para famílias de baixos rendimentos) há uma isenção concedida por três anos para casa própria e permanente e de valor até 125 mil euros. Se a conta não chegar, verifique se ainda está a beneficiar de isenção. 

Ruínas
Cabe às autarquias decidir se querem cobrar uma taxa de IMI agravada (que corresponde ao triplo da que fixam para os restantes imóveis urbanos) aos prédios devolutos ou em ruínas. Este ano, há 20 autarquias que vão aplicar esta taxa, incluindo Lisboa, Porto, Cascais, Sinta ou Almada.
 
Fonte: Dinheiro Vivo

segunda-feira, 27 de março de 2017

“É necessário voltar à construção nova”, alertam mediadores

O mercado de compra e venda de casas está ao rubro. Segundo dados do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que vão de encontro aos publicados pelo INE, foram transacionados no ano passado 127.106 alojamentos familiares, mais 18,5% que em 2015. Luís Lima, presidente da entidade, deixa, no entanto, um alerta: “É necessário voltar à construção nova, e já há procura para tal, sobretudo nas grandes cidades onde o stock é cada vez mais diminuto e os preços atingem valores superiores ao que seria desejável”.
Segundo o responsável, os números agora divulgados “vão ao encontro das estimativas da APEMIP, divulgadas em janeiro deste ano, que apontavam para um aumento de transações de alojamentos familiares na ordem dos 20%”.
O representante das imobiliárias considera, ainda assim, que apesar do contínuo crescimento do mercado, os números ficaram aquém da expetativa. “No início de 2016 a minha perspetiva de crescimento era superior àquela que agora se confirma, mas infelizmente no decorrer do ano deram-se algumas situações que provocaram retração e desconfiança junto dos investidores”, disse Luís Lima.
Em causa estão, por exemplo, a criação de um novo imposto, o Adicional ao IMI (AIMI), e os atrasos da concessão de vistos gold, “que espantou os investidores, nomeadamente os chineses, que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo”. “Se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior”, adiantou, em comunicado.

“Mercado está quente”

No que diz respeito aos preços das casas, que também subiram em termos homólogos – 7,1% face a 2015 –, a tendência pode manter-se este ano, até porque “o mercado está quente”. “Globalmente, ainda há condições para que o imobiliário continue a atrair poupança e, por outro lado, estamos agora a numa fase em que o crédito pode voltar a tomar um papel mais central”, disse o economista da IMF Filipe Garcia, citado pelo Jornal de Negócios.
Segundo o responsável, o facto dos bancos estarem mais disponíveis para financiar a compra de casa poderá “impulsionar mais os preços nos próximos meses”. “Para se perceber se os preços vão continuar a subir, há que identificar o que gerou o aumento da procura. Desta vez, não foi o crédito o principal indutor. Na sua maioria, as operações têm sido concretizadas com recurso a fundos próprios de particulares, empresas e fundos”, explicou.
fonte: Idealista News
 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Juros para comprar casa renovam mínimos históricos

Juros para comprar casa renovam mínimos históricos
Leonor Mateus Ferreira
 12:31
Em fevereiro, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 1,018%, abaixo dos 1,025% de janeiro, segundo o INE.


A taxa de juro do crédito à habitação continua diminuir e situou-se nos 1,018% em fevereiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Desde agosto de 2014, ou seja, há 30 meses, que a taxa tem uma tendência de descida.

O valor das taxas do conjunto dos contratos em fevereiro desceu 0,007 pontos percentuais (p.p) face aos 1,025% de janeiro, enquanto em fevereiro do ano passado, a taxa implica tinha ficado nos 1,181%.

No que diz respeito à prestação média, o valor manteve-se inalterado e a prestação média vencida continua em 237 euros pelo sexto mês consecutivo. O montante de capital médio em dívida referente ao crédito à habitação aumentou 61 euros em fevereiro, para 51 615 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita passou para 1,732% em fevereiro, dos 1,771% registados em janeiro. Neste período, o valor médio da prestação foi 301 euros, face aos 288 euros em janeiro, e o montante médio do capital em dívida foi de 89 219 euros.
 
Fonte: Jornal Económico

sexta-feira, 17 de março de 2017

Santander iguala Bankinter com "spread" de 1,25% no crédito à habitação

O Santander lança esta quinta-feira uma campanha para o crédito à habitação, onde oferece um "spread" mínimo de 1,25% e 1,15% para clientes "select", válidos em empréstimos superiores a 150 mil euros.

 O Santander acaba de lançar uma nova campanha no crédito à habitação, onde oferece um "spread" mínimo de 1,25% no crédito da casa e 1,15% para a gama de clientes "select" do banco. Este valor fica abaixo da taxa aplicada pelo Bankinter (1,25%), a instituição que até agora cobrava a margem mais competitiva nos empréstimos da casa. Os "spreads" mínimos são válidos para contratos superiores a 150 mil euros.

Com o mote "Quem quer casa vem ao Totta", a campanha oferece "’spreads’ a começarem em 1,15% para clientes select, o mais baixo do mercado. Para outros clientes, o ‘spread’ parte de 1,25%", adianta um comunicado enviado pelo Santander. De acordo com o mesmo documento, "estes ‘spreads’ são aplicados a financiamentos superiores a 150 mil euros".

O Santander Totta já era uma das instituições que oferecia uma das taxas mais competitivas no mercado, com um "spread" mínimo de 1,5%, mas com esta campanha iguala a margem cobrada pelo Bankinter para clientes normais (1,25%).

A instituição tem-se mantido especialmente activa no segmento do crédito à habitação, que tem vindo a registar uma tendência de crescimento. "Praticamente um em cada cinco novos empréstimos é originado no Santander Totta. De 2008 a 2016, o Banco concedeu 7.100 milhões de euros em crédito à habitação", esclarece a instituição.

fonte: Jornal de Negócios

quinta-feira, 16 de março de 2017

BCP recapitalizado aposta no imobiliário para crescer em 2018

Promoção imobiliária é uma forma de os bancos valorizarem os ativos em carteira devido à crise recente e beneficiarem da retoma do setor. A seguir Mais vistas IMPOSTOS IRS: As 12 mudanças mais relevantes das próximas declarações FINANÇAS PESSOAIS Está nos 30? Então estes conselhos financeiros são para si TECNOLOGIA Casaco "inteligente" da Levi's e Google vai custar cerca de 330 euros ORGANIZAÇÃO 18 maneiras de aumentar a produtividade no trabalho HOTÉIS Check-in com um robot? Os 14 hotéis mais tecnologicamente avançados do mundo Com a situação do Millennium BCP “mais sólida do que há um ano” e “normalizada”, nas palavras de Nuno Amado, presidente executivo do banco, o próximo ano ficará marcado pela aposta “no mercado imobiliário, quer na vertente de reabilitação urbana, quer na própria construção”. De acordo com o responsável, o setor estava “vedado aos bancos devido a regras europeias da Concorrência”, mas oferece “perspetivas muito positivas” ao BCP enquanto promotor imobiliário, à semelhança do que vem sendo feito pelo Montepio desde 2014. É também uma forma de valorizar os ativos detidos pelos bancos na sequência da crise mais recente. 
“Iniciamos 2017 melhor posicionados do que há um ano”, garantiu Amado, num almoço com empresários, esta quarta-feira, no Palácio do Freixo, no Porto, justificando que “o Norte é um motor de recuperação também para o BCP”. Sem querer comentar as contas da Caixa Geral de Depósitos ou do Montepio, Nuno Amado sublinhou que “o sistema financeiro português está estável, em termos gerais tem perspetivas positivas, independentemente de uma ou outra dificuldade pontuais”. Presente no almoço, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, listou os indicadores de recuperação da economia portuguesa que comprovam que “estamos na rota do investimento internacional e os empresários portugueses estão confiantes”, apelando ao setor financeiro, público [CGD] e privado, para que “regresse à concessão de crédito que o país precisa”. 
fonte: Dinheiro Vivo

Desde 2003 que fazer um crédito à habitação não era tão barato

Se estás a pensar comprar uma casa e financiar-te junto da banca este é, sem dúvida, um bom momento. Desde o início de 2003 que contratar um crédito à habitação não era tão barato. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) mostram que a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a particulares para habitação voltou a descer em janeiro, atingindo o valor mais baixo dos últimos 14 anos.
Com base nos números divulgados pelo banco central, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a famílias desceu de 1,83% em dezembro para 1,78% em janeiro, "correspondendo a um novo mínimo da série (janeiro de 2003)".
No que respeita aos novos empréstimos concedidos às empresas, a taxa de juro média foi de 3,12%, superior aos 2,76% registados em dezembro, um aumento que se verificou "em ambos os escalões de operações, acima e abaixo de um milhão de euros", afirma o BdP.
 fonte: Idealista

quarta-feira, 15 de março de 2017

Transferência de IMI para as câmaras vai “criar desigualdades” entre municípios

A decisão do Governo de passar para as autarquias as avaliações de imóveis para efeitos de atribuição de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai “criar desigualdades e assimetrias de município para município” e coloca em causa “os mais elementares princípios de isenção e de imparcialidade que deverão nortear o funcionamento da máquina fiscal”.
O alerta é deixado pela Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Segundo a entidade presidida por Reis Campos, esta mudança, a acontecer, contribuirá para uma “instabilidade fiscal" que terá “implicações imediata nos níveis de confiança”.
O diploma em causa já foi aprovado em Conselho de Ministros e será discutido esta quinta-feira (15 de março) no Parlamento, escreve o Jornal de Negócios. No mesmo, o Governo anuncia que quer “promover a descentralização das competências atualmente exercidas pela administração direta do Estado no âmbito da avaliação do património imobiliário para efeitos fiscais”.
Ou seja, ficará nas mãos das câmaras todo o processo de avaliação dos prédios, fixando o respetivo valor patrimonial tributário (VPT), que serve de base de cálculo do IMI. Uma situação que pode acarretar perigos, referiu Reis Campos, dando como exemplo a possibilidade de, no futuro, a aplicação de critérios diferentes de avaliação entre municípios levar a que os proprietários acabem por ter tratamentos diferentes.
Os zonamentos, que pretendem refletir o valor de mercado dos imóveis, são revistos periodicamente e fixados pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU). As câmaras são ouvidas e dão parecer, ainda que este não seja vinculativo. Citado pela publicação, Reis Campos adiantou que “[os zonamentos] têm sido aprovados com a participação dos municípios, mas nem sempre com o seu acordo”, o que “levanta a questão de qual o procedimento que irão adotar quando a competência para a avaliação lhes for atribuída”, abrindo caminho a "desigualdades e assimetrias de município para município”.

ANMP recusa avaliar casas  

Também a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) está contra esta decisão do Executivo de passar para as autarquias a responsabilidade de avaliar as casas para efeitos de IMI. Segundo a TSF, esta decisão não teve votos contra e o presidente Manuel Machado considera que a entidade, que é beneficiária do IMI, não pode decidir sobre o imposto a cobrar, procedendo à avaliação do património para efeitos fiscais.
“[O Conselho Directivo da ANMP entende] por unanimidade que a entidade beneficiária do IMI não pode ser a entidade avaliadora do património sobre o qual incide o imposto municipal”, disse o responsável aos jornalistas. De acordo com Manuel Machado, essa é uma competência que deve ser mantida na Autoridade Tributária (AT). “Os municípios não pretenderam nem pretendem proceder ou assumir a responsabilidade dos imóveis para efeito de cálculo do IMI”, como preconiza a proposta de lei do Governo já enviada para a Assembleia da República, frisou.
O líder da associação adiantou que as câmaras “já participam – e bem – na definição do coeficiente de localização do património” e de “outros aspectos técnicos relevantes”, bem como na disponibilização da respectiva informação à AT.
Não há necessidade de, “no âmbito do processo de descentralização [de competências para as autarquias] ou outro [processo], assumir responsabilidades”, que seriam “susceptíveis de dúvidas e de acusações eventuais de faltas de respeito ao princípio da separação de funções”, concluiu Manuel Machado, adiantando que a ANMP vai “manifestar ao Governo e à Assembleia da República este ponto de vista”.

terça-feira, 14 de março de 2017

Taxa do crédito à habitação só volta a ficar positiva em 2019

A Euribor, o principal indexante utilizado no cálculo da prestação da casa em Portugal, está em valores negativos. Os mercados antecipam que subidas significativas só ocorram dentro de dois anos.

As famílias com crédito à habitação indexado às taxas Euribor vão ter mais algum tempo de folga no que diz respeito à prestação da casa. Nos próximos tempos não são esperadas subidas nos juros e os mercados antecipam mesmo que aumentos significativos, ou seja, os juros acima de 0% só acontece daqui a dois anos.
De acordo com os futuros da Euribor a três meses, apenas em março de 2019 esta taxa interbancária deverá estar em terreno positivo. Os contratos estão a antecipar que esta se situe nos 0,025%. Isto quando atualmente a taxa Euribor a três meses está em terreno negativo nos -0,329%.
As taxas de juro deverão ficar em mínimos históricos durante mais algum tempo. Quem o garante também é o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e os mercados confirmam essa mesma expectativa.
“Não há para já nenhum perspetiva de que a taxa diretora possa subir num futuro previsível. Aliás, Draghi reforçou a ideia que as taxas se irão manter por um período extenso de tempo após o final das medidas extraordinárias de compra de ativos em mercado secundário” [ler texto ao lado]”, adiantou Filipe Garcia, economista da consultora Informação de Mercados Financeiros (IMF), ao Jornal Económico.
“Mas, olhando para o mercado de futuros, percebe-se que o mercado já começa a antecipar a data expectável para a subida dos juros. Neste momento, o mercado vê a Euribor a 3 meses acima de 0% a partir de março de 2019”, acrescentou o economista da IMF.
Segundo os cálculos do Jornal Económico, caso a Euribor se venha a situar nesses valores dentro de dois anos, poderá significar um aumento de cerca de 16 euros na prestação da casa, face ao pago agora. Isto num empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos (sem contabilizar com outras comissões).
“Não obstante a pressão em alta que se verificou nos últimos meses, as taxas Euribor, estão ainda assim em níveis considerados anormalmente baixos e assim deverão permanecer até que as perspectivas sobre as taxas de juro de referência se mantenham em níveis reduzidos”, adiantou Marisa Cabrita, gestora de activos da Orey Financial, ao Jornal Económico.
Mas, se por um lado, a manutenção dos juros em terreno negativo é uma boa notícia para quem tem empréstimos, nomeadamente da casa, já para os aforradores significam taxas de juro menos atrativas.
“As taxas dos depósitos continuarão muito baixas até que o mercado interbancário passe a remunerar as taxas de juro a níveis positivos, o que não parece nada provável nos próximos meses ou até anos” , concluiu o economista da IMF.

fonte: Jornal Economico 

sexta-feira, 10 de março de 2017

Porta 65 vai ajudar a pagar a renda de mais 2140 jovens

Perto de 2.140 jovens vão ter apoio na prestação da renda da casa, por via do Programa Porta 65. A maioria dos futuros inquilinos são de Lisboa e Porto. A ajuda, atribuída pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana - IHRU(IHRU), consiste na atribuição de uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal, tendo sido beneficiadas as candidaturas que englobam menores e pessoas com deficiência e que se encontrem em localizações especiais. 

Estes jovens candidataram-se durante o período entre 15 de dezembro de 2016 e 10 de janeiro de 2017. Lisboa foi onde se registou grande parte das candidaturas aprovadas (511) seguida do Porto (341) e Aveiro (105). O T2 foi o que mereceu mais candidaturas (933), seguido do T1 (345) e do T3 (94). 

O Programa Porta 65-Jovem, com quatro períodos de candidatura por ano, apoia o arrendamento de habitação para residência permanente, tendo como beneficiários jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos; Jovens em coabitação; Jovens casais ou em união de facto (um dos elementos pode ter até 32 anos).
Fonte: Idealista News

quarta-feira, 8 de março de 2017

Fundos imobiliários

Lembra-se da nossa recomendação para abandonar este tipo de ativos em 2012? O nosso conselho provou ser acertado. As carteiras dos fundos imobiliários abertos no final de 2016 comprovam o cenário negativo.
Fundos imobiliários
     
Resultadospublicados

A composição discriminada da carteira de ativos dos fundos de investimento imobiliário abertos foi publicada no sítio da CMVM na última semana de janeiro. Como foi o comportamento geral destes fundos durante 2016? E comparativamente com os dois fundos sobre os quais temos o conselho de manter, o CA Património Crescente e o Imopoupança, e que são as únicas exceções na nossa recomendação de venda?

Ativos em queda

Face ao final de 2015, o desempenho médio da categoria continua aquém de um mercado imobiliário que respirou de forma saudável neste último ano, passando de -5% para -4,1% em 2016. Este desempenho negativo fica bastante abaixo da valorização média de 2,5 % dos fundos de obrigações de taxa fixa em euros em 2016.

Tal como aconteceu nos anos anteriores, os resgates de unidades de participação (up) destes fundos imobiliários tem sido superior às subscrições. Em 2016, o saldo negativo ficou em cerca de 1,5 milhões de up no total. Um resultado que teria sido ainda pior, não fosse o aumento de subscrições dos dois fundos (CA Património Crescente e Imopoupança) sobre os quais temos a recomendaçãode manter na última metade do ano, mais em concreto no último trimestre. Justificamos este interesse pela sua dimensão, pelo bom desempenho e características dos dois fundos (ver figura). Foram os únicos fundos que cresceram significativamente no total de ativos face ao final de 2015: 23% o CA Património Crescente e 19%, o Imopoupança.

Contrariamente, em média, o total de ativos caiu 3%. Lembramos que o total de ativos depende da compra e venda de imóveis e da subscrição e resgates de up e da valorização dos que estão em carteira. 

22 % dos imóveis não arrendados 

Num ano, considerado positivo para o mercado imobiliário nacional, onde inclusive o valor médio da avaliação bancária (global) subiu 4,8%, consideramos os números apresentados muito negativos. 

A grande exceção na variação do valor dos ativos face ao preço de aquisição é o fundo VIP gerido pela Silvip com 58%. Também na taxa de ocupação, o CA Património Crescente e o Imopoupança se destacaram desde dezembro de 2015. Juntamente com o fundo Vip, o CA Património Crescente manteve-se ao longo do ano com uma percentagem média de imóveis não arrendados na ordem dos 5%, enquanto a percentagem média do mercado foi de 22%. Ou seja, na generalidade dos casos, as equipas gestoras não têm conseguido ir contra a tendência dos últimos anos. O Imopoupança pela sua política de investimento teve uma percentagem de 0 %. Relativamente a este último fundo, e uma vez que alertámos para o facto na última análise, uma nota para a redução do volume de liquidez justificado pela aquisição de três imóveis (2 em Lisboa e 1 em Setúbal) entretanto já arrendados ao Estado. Analisando a sua rentabilidade, líquida da taxa de encargos correntes, face à média do mercado (-4,1%), estes dois fundos tiveram um comportamento positivo no 
último ano com uma variação de +3,2% (CA Património Crescente) e +3,4% (Imopoupança). Esta rentabilidade foi acompanhada por baixos níveis de volatilidade, tal como aconteceu nos últimos anos. Em termos de rentabilidade, em 2016 o último lugar vai para o Imopredial com -17,6%, e o pódio foi para fundo AF Portfólio Imobiliário com 3,7%. No entanto, a performance histórica bem como a composição da carteira do fundo não são tão positivas, apresentando cerca de 33% de imóveis não arrendados, uma tendência decrescente no valor total dos ativos arrendados e, por último, um elevado nível de endividamento, motivo pelo qual recomendamos a venda. 

Conselhos inalterados

Face a um mercado imobiliário habitacional que tenderá a arrefecer no próximo ano, estaremos igualmente atentos ao impacto das recentes subidas das taxas de juros nestes ativos. Não alteramos a nossa recomendação para os fundos CA Património Crescente e Imopoupança: mantenha. Ainda que o Imopoupança possa oferecer um retorno relativamente estável, padece do risco resultante do conflito de interesses de o Estado português ser ao mesmo tempo gestor do fundo, vendedor dos imóveis adquiridos e ainda arrendatário desses mesmos imóveis. Quanto aos restantes fundos fique afastado.

terça-feira, 7 de março de 2017

Portugueses continuam a pagar IMI a mais

O aviso é da Deco, segundo a qual há indicadores que não estão a ser actualizados devidamente.

Pelo menos 90 milhões de euros estarão a ser cobrados indevidamente para o imposto municipal sobre imóveis (IMI), porque o valor patrimonial dos imóveis está desactualizado.
O alerta chega da associação de defesa do consumidor Deco, que chegou a esta conclusão depois de realizar 800 mil simulações no portal “paguemenosimi.pt”. Os resultados revelam que há várias actualizações a fazer em alguns indicadores.
Um deles é a idade do imóvel. O coeficiente devia baixar todos os anos, à medida que o imóvel envelhece, diminuindo assim o valor do imposto a pagar.
Também o valor de construção foi alvo de actualização em 2010, tendo sido fixado em 603 euros pelo Governo. "Mas quem não viu o seu imóvel avaliado desde então, é natural que tenha este indicador ainda inflacionado", alerta a defesa do consumidor, que aconselha os portugueses a usarem o simulador online para verificar se o montante que estão a pagar é justo.
Outros dos indicadores que podem fazer variar o valor do IMI que se paga são os coeficientes de localização, revistos no ano passado em todo o país.
Estes indicadores para cálculo IMI deveriam ser actualizados de modo automático, mas as Finanças só o fazem a pedido do contribuinte e isso pode acontecer com intervalos de três anos. "O resultado é uma cobrança excessiva, ano após ano, que não é compreensível, nem aceitável".
Nas contas da Deco, existirão mais de quatro milhões de imóveis a pagar imposto a mais.
“Razão mais do que suficiente para simular, imprimir o modelo 1 do IMI e entregá-lo nas Finanças, solicitando a actualização do valor do imóvel. O pedido é gratuito, mas a actualização só tem efeitos no ano seguinte”, insiste.
A Deco diz que vai novamente pressionar o Ministério das Finanças e a Assembleia da República para que se reveja esta situação, bem como a Associação Nacional de Municípios Portugueses, caso se confirme a mudança proposta na Lei Quadro de transferências de competências em matéria de avaliação e reavaliação de imóveis para os órgãos municipais, para que seja garantida igualdade e justiça fiscal.
 fonte:Renascença

segunda-feira, 6 de março de 2017

Inflação nos 2%. E os juros da casa vão subir? -- Dificilmente, diz o BCE.

Em janeiro subiu para 1,8%. Em fevereiro, a taxa de inflação nos países do euro voltou a acelerar chegando aos 2% — há quatro anos que não atingia este nível. Alcançou a meta do Banco Central Europeu (BCE), mas será suficiente para abrir a porta à inversão da política monetária expansionista de Mario Draghi? Apesar de todas as pressões para que os juros comecem a subir, dificilmente o presidente do BCE cederá. As famílias portuguesas podem, para já, respirar de alívio. 

Com a subida da taxa para os 2% “há uma maior pressão da Alemanha a esse respeito [a inversão da política do BCE], cujos aforradores não querem continuar a perder com as taxas reais das poupanças, mas também em resultado dos receios de que a inflação possa ficar fora de controlo”, nota Filipe Garcia. Mas o “BCE deverá considerar prematuro retirar os estímulos monetários“, diz o economista da Informação de Mercados Financeiros (IMF) ao ECO. 

Este aumento de preços é expressivo, alcançando o objetivo do BCE de uma taxa de inflação próxima, mas abaixo, dos 2%, sendo que a explicação para esta evolução está, essencialmente, nos custos com a energia. Registaram a maior subida homóloga em fevereiro (9,2%, face a 8,1% em janeiro), seguindo-se os da alimentação, álcool e tabaco (2,5%, face a 1,8% de janeiro), de acordo com o Eurostat. Um efeito que poderá esbater-se em breve. 

“O efeito dos preços da energia deve esbater-se no segundo semestre se o petróleo continuar estável em torno dos 50 dólares”, nota Paula Gonçalves Carvalho. “Mas até lá, a taxa de inflação homóloga deve manter-se nos 2% ou mesmo acima disso. Posteriormente pode regressar para valores ligeiramente inferiores a 2%”, nota. “Se o petróleo e o euro se mantiverem estáveis, não há grandes motivos para a inflação acelerar mais para já”, destaca Filipe Garcia. 

Se os preços, no geral, estão a subir a um ritmo acelerado, sem a energia, alimentação, álcool e tabaco, ou seja, a taxa de inflação “core”, o aumento não é tão rápido. A taxa nem se mexeu face ao primeiro mês do ano. Manteve-se em 0,9%. “O BCE, por enquanto, ainda tem argumentos para não subir juros”, diz a economista-chefe do BPI. “A taxa de inflação subjacente, excluindo alimentação e energia, ainda se encontra em níveis historicamente baixos, inferior a 1%”, diz. 

Antes dos juros, as compras de dívida 

E ainda que o BCE tenha em conta o aumento global dos preços, é para esta taxa específica que olha. E para as suas perspetivas. “Nos próximos meses, sobretudo a partir de abril, a taxa de inflação ‘core’ poderá superar essa fasquia [de 2%], o que implicaria maior pressão sob o BCE relativamente a alteração do atual enquadramento de política monetária”, refere a economista-chefe do BPI ao ECO. Mas “passaria, antes de aumentar os juros, pela redução e finalização dos estímulos”, nota. 

O BCE tem a taxa de referência em 0,05% (e a taxa de depósitos em -0,4%, o que tem mantido as Euribor em terreno negativo). Ao mesmo tempo, tem em curso um programa de compra de ativos no valor de 80 mil milhões de euros mensais até abril, descendo para 60 mil milhões de euros mensais a partir daí e até ao final deste ano. “Dado o caráter excecional da política monetária, o processo de saída terá de ser gradual, sob pena de gerar grande volatilidade nos mercados monetários e de obrigações”, remata Filipe Garcia. 

Taxas baixas no crédito? Garantidas, para já 

“As previsões de inflação para este ano pela generalidade das entidades serão revistas em alta: a média das previsões aponta para valores na casa de 1,5% que deverão deslocar-se gradualmente para 1,7% a 1,8% ou mesmo mais elevados. Ora, esta é uma alteração que, a concretizar-se, o BCE não pode ignorar”, diz Paula Gonçalves Carvalho. E os mercados também não. Mas, para já, o impacto nos juros de mercado, as Euribor, será limitado. 

“O cenário atual de taxas muito baixas beneficia os devedores e penaliza os aforradores. Uma eventual subida dos juros teria impacto no crédito à habitação, mas não é isso que o mercado espera”, diz Filipe Garcia. “Olhando para os futuros da Euribor, só se esperam Euribor a três meses positivas a partir de dezembro de 2019”, salienta. A taxa a três meses, que muitos portugueses têm como indexante das prestações do crédito à habitação, está em -0,329%, permitindo-lhes mensalidades mínimas históricas. 

“Em janeiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação [que considera o indexante e o spread praticado pelos bancos] registou um decréscimo de 0,003 pontos percentuais face ao observado no mês anterior, fixando-se em 1,025%”, de acordo com os dados mais recentes do INE. Assim, a prestação média vencida manteve-se pelo quinto mês seguido nos 237 euros. Revisão a revisão, as mensalidades vão, assim, tocando valores nunca antes vistos. 

Estado tem de se preparar para pagar mais 

Para já, as prestações do crédito deverão manter-se estáveis. Mas isso não quer dizer que os portugueses não sejam penalizados perante uma eventual inversão da tendência dos juros. “Se a subida dos juros acontecer, o principal prejudicado será o Tesouro e, por essa via, todos os portugueses”, diz Filipe Garcia. Atualmente, com os juros em mínimos históricos, mas também com as compras de dívida do BCE, Portugal conta com taxas de 4% a dez anos.

“Num cenário mais pessimista, [os portugueses poderão ser penalizados] através da necessidade de implementação de uma política fiscal com cariz mais neutral, ou mesmo restritivo, de forma a contrariar eventual aumento de pressão sob os ativos soberanos de Portugal no mercado internacional”, alerta Paula Gonçalves Carvalho. “Repare-se que o prémio de risco médio de dívida soberana situou-se em torno de 370 pontos base acima das Bunds em fevereiro, que compara com um nível médio de 300 pontos no ano passado”, diz. 

Esta evolução “significa que Portugal está a pagar mais para se financiar, tendência que será passada às famílias e empresas caso o movimento não inverta”, remata. Ou seja, pode haver um travão à devolução de rendimentos, ou mesmo um aumento da fiscalidade, o que levaria a um travão no consumo, logo haveria um travão no crescimento económico. Portugal cresceu 1,4% em 2016, com o PIB a acelerar 2% no quarto trimestre de 2016.
 
Fonte: Eco.pt