segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ficha Técnica de Habitação desaparece e nasce "livro de obra electrónico"

A Ficha Técnica da Habitação, que descreve as principais caraterísticas técnicas e funcionais do prédio urbano para fim residencial e foi criada com o objetivo de proteger os consumidores na hora de comprar uma casa, tem agora os dias contados. O Governo decidiu, em Conselho de Ministros, acabar com o documento, aprovando ao mesmo tempo a criação do "livro de obra eletrónico".  

A medida estava prevista no programa Simplex + 2016, lançado há um ano. Em comunicado, o Governo explica que assim é dado mais um passo na simplificação administrativa, "procedendo à convergência da atual ficha técnica (da habitação) com o livro de obra, através da extinção daquela e da criação do chamado 'livro de obra electrónico'".

Além disso, "consagra-se também a possibilidade de consulta do certificado energético através deste 'livro de obra eletrónico'". 

Esta medida, que tem o ministério do Planeamento e das Infraestruturas como responsável, visa resolver a dispersão e inacessibilidade de informações.
 
Fonte: Idealista News

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Juros na habitação em queda há 32 meses

A próxima revisão dos contratos à habitação vai fazer baixar ligeiramente a prestação mensal. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita ao crédito à habitação está em queda há 32 meses. 

O valor da prestação mensal deverá baixar 2,36 euros, para um financiamento de 150 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1%, segundo contas feitas pela Deco para o CM. Tendo em conta o valor da Euribor a seis meses - a principal referência para os empréstimos à habitação - a próxima prestação daquele crédito vai fixar-se em 465,43 euros, com base no último valor disponível, ou seja, até a 19 de maio último. 

Ainda segundo a Deco, o valor da prestação para aquele crédito era em dezembro de 467,79 euros, com a média da Euribor a seis meses a fixar-se em 0,215% negativos. 

As descidas são cada vez menores em função dos valores das taxas aplicadas, que estão em valores negativos. Segundo o INE, a taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu dos 1,018% em março para os 1,012% em abril, acentuando a tendência de queda. As contas do INE mostram que esta taxa está a cair há 32 meses seguidos, ou seja, desde agosto de 2014, quando se fixava em 1,491%. 

Nos contratos novos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu de 297 euros para 290 euros. O montante médio do capital em dívida para a totalidade dos contratos ativos desceu 25 euros em abril para 51 512 euros.
 
Fonte: Correio da Manhã

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A “guerra” dos spreads baixos no crédito à habitação continua ao rubro

Está ao rubro a guerra dos spreads no crédito à habitação. Os portugueses, que optam tradicionalmente por comprar casa em vez de arrendar, estão a “ter a ajuda” da banca para avançarem com a decisão de pedir financiamento para a aquisição de casa. Os bancos, por seu turno, têm vindo a baixar os spreads cobrados ao longo do tempo. Agora foi a vez do Novo Banco e do BPI reduzirem esta taxa nos últimos dias.
Segundo o Jornal de Negócios, o spread médio baixou para 1,5%, isto depois do Novo Banco e do BPI terem decidido descer a margem de lucro cobrada nos novos contratos de crédito à habitação. Recentemente, em março, o Santander igualou o spread do Bankinter, que detinha o valor mais baixo do mercado (1,25% para clientes “normais”).
 fonte: Idealista News

Mais de quatro mil casas assaltadas em 2016 por descuido dos proprietários

As autoridades registaram 4.472 furtos a casas sem que tenha havido arrombamento no ano passado. Quer isto dizer que em 24% das investidas os assaltantes tiveram a tarefa facilitada: aproveitaram uma porta ou janela abertas, uma chave deixada no vaso e outros descuidos de moradores, que não cumprem as regras básicas de segurança.
Segundo o Jornal de Notícias, os 4.472 assaltos correspondem a um quarto (os já referidos 24%) do número total (18.841) que consta na base de dados da Direção-Geral da Política de Justiça.
De referir que este tipo de furto contempla também os casos em que os criminosos são pessoas autorizadas a entrar nas habitações, como operários ou empregados, e indivíduos que se fazem passar por técnicos de empresa ou funcionários de serviços públicos, conseguindo convencer os moradores a abri-lhes a porta.
Lisboa, Porto e Faro são distritos com mais ocorrências, sendo que há, em média, 52 assaltos por dia, escreve a publicação, salientando que, em 2016, a polícia deteve 261 suspeitos de assaltos a residência, uma média de 22 por mês.
fonte: Idealista News

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Crédito à habitação em máximos de sete anos

Em março, os bancos emprestaram 720 milhões de euros para efeitos de crédito à habitação, o valor mensal mais elevado desde dezembro de 2010, período em que o financiamento para a compra de casa situou-se nos 844 milhões de euros.
Segundo o ECO, que cita dados do Banco de Portugal (BdP), a concessão registada em março permite elevar para 1,8 mil milhões de euros o total do crédito à habitação disponibilizado no acumulado do ano, o que corresponde também a um máximo de 2010.
Um cenário que se deve manter, já que os bancos antecipam que haja um aumento da procura de crédito à habitação no segundo trimestre do ano.
No que diz respeito ao crédito ao consumo, ascendeu em março a 393 milhões de euros, também o valor mais elevado desde o último mês de 2010. Em fevereiro, a concessão com essa finalidade tinha ascendido a 318 milhões de euros, escreve a publicação.
Na finalidade de outros fins também se observou um aumento dos níveis de concessão: este segmento captou 201 milhões de euros, o valor mais elevado desde abril de 2015.
fonte: Idealista News

terça-feira, 9 de maio de 2017

Construção de habitação volta a subir após 13 anos em queda

Depois  de mais de uma década em crise profunda, o sector da construção volta a levantar a cabeça, sobretudo ancorado na construção de habitação.

Em 2001 construíram-se 114 mil casas em Portugal e o sector empregava 900 mil pessoas. Daí até 2014 foi sempre a cair. Nesse ano foram colocadas no mercado 6785 casas novas —um valor historicamente baixo, nas últimas décadas — numa altura em que o emprego na área da construção já só abrangia 600 mil pessoas. Ou seja, em 13 anos foram destruídos 300 mil postos de trabalho, sobretudo a partir de 2008, quando a crise económica e financeira começou a causar estragos em larga escala, praticamente em todos os sectores de atividade.

Em 2015, com a troika já fora de Portugal, o sector dá um pequeno sinal de inversão (8219 novos fogos) e, já em 2016, chega a confirmação: a construção de habitação cresce 38% (para 11.344 casas concluídas). Mas as boas notícias não ficam por aqui. As estimativas da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) apontam para um aumento de 49% só nos dois primeiros meses de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Outra boa notícia, segundo aquele organismo, é que só em 2016 foram criados 27 mil empregos.

O ‘EMPURRÃO’ DO TURISMO
“Há aqui um ‘empurrão’ que foi dado, sem dúvida, tanto pelo segmento do turismo — que tem apresentado taxas de crescimento recorde acima dos 10% ao ano —, como também pelo regime de concessão de vistos gold, que está a atrair investimento estrangeiro para o imobiliário”, sublinha Reis Campos, presidente da CPCI.

Mas não é tudo. Aquele responsável nota que nos últimos anos, com a queda das taxas de juro tanto para os depósitos a prazo como para a concessão de crédito hipotecário, muitas famílias optaram por aplicar as suas poupanças no imobiliário. Do lado dos mais jovens houve, por seu turno, mais facilidade no acesso a empréstimos bancários para aquisição de habitação.

“A soma destes fatores, ao que se alia ainda o facto de Portugal estar, de certa forma, na moda entre muitas franjas das classes mais abastadas de vários países europeus, fez com que a compra de casa em território nacional tivesse conhecido um impulso adicional”, acrescenta ainda o presidente da CPCI.

Mas se do lado da construção se nota já uma inversão de tendência, ao nível das vendas os números são ainda mais inequívocos. No ano passado foram vendidas 127.106 casas em Portugal, segundo dados divulgados recentemente pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Um valor muito próximo do registado em 2010, quando se venderam 129.950 habitações.

Luís Lima, presidente daquela organização acredita que a procura de casa, que nos primeiros meses de 2017 subiu 20%, vai continuar a aumentar, e deverá mesmo atingir o patamar dos 30% até final do ano. As estimativas feitas em março pela APEMIP apontavam já para a necessidade de um incremento na construção de casas. Um discurso que assenta que nem uma luva nos números agora divulgados pela CPCI.

SERÁ ESTE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL?
Ou seja, o mercado da construção e do imobiliário está bem e recomenda-se, “mas em termos de construção propriamente dita, estamos ainda muito longe dos valores pré-crise, como se pode facilmente constatar nos dados do INE” (ver gráfico), frisa Reis Campos.

Não obstante, acrescenta que o que se está a passar é muito positivo mas que se impõe a pergunta ‘sacramental’: Isto é sustentável? “O turismo vai continuar a gerar procura, isso é garantido, a não ser que ocorra algum evento fora do normal: se houver um atentado ou, por outro lado, se o Governo resolver taxar ainda mais o património. Mas, em clima normal e estável, o que se espera é que haja, inclusivamente, alguma margem para crescer”. No entanto, “11 mil casas novas (em 2016) é muito pouco”.

O dirigente da CPCI evidencia ainda um fator nem sempre valorizado, mas que é “muito relevante” no momento da escolha de uma nova habitação: a qualidade do urbanismo e do espaço público envolvente. “E o que se constata é que as cidades, em geral, estão a ficar mais atrativas e isso convida as pessoas a comprar nos centros urbanos, sobretudo as que estão mais à vontade do ponto de vista financeiro”. Reis Campos garante que as pessoas querem, cada vez mais, o centro das cidades, embora reconheça que os preços ali praticados “não são para todos”.

Admite que tem havido situações de preços anormalmente altos, em certas zonas — sobretudo no centro de Lisboa —, mas assegura que não vai haver nenhuma bolha especulativa. Aliás, “para lá dessas zonas que são restritas, em todas as outras partes da cidades os preços são completamente diferentes, significativamente mais baixos”.

O que já ninguém quer, segundo este responsável, é comprar casas em zonas suburbanas, mal desenhadas do ponto de vista urbanístico, com maus acessos e de arquitetura de gosto duvidoso. A CPCI estima que haja perto de 60 mil habitações — naquela situação — disponíveis no mercado. Reis Campos não põe de parte a hipótese de algumas dessas casas que ninguém quer terem de ser simplesmente demolidas.
 
Fonte: Expresso

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Prestação da casa volta a atingir novos mínimos

Os portugueses que revirem a taxa de juro do seu crédito à habitação, em maio, vão sentir um alívio no valor da prestação a pagar. Mas essa redução vai ser mais sentida nos empréstimos com indexantes de prazos mais alargados.

Mas vamos a números. Para quem tem a Euribor a três meses a redução será de apenas 0,1% e de 0,5% no caso de seis meses.

No entanto, irá atingir uma diminuição de 1,6% no crédito associado a Euribor a 12 meses. A verdade é que o número de famílias que irá tirar partido dessa redução será mais baixo, uma vez que, a Euribor a 12 meses continua a ter pouco peso no total do crédito à habitação. Os portugueses continuam a optar pela taxa a seis meses.

Na base desta redução está o nível historicamente baixo da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) que continua fixada fixada em 0% desde março do ano passado, o que arrastou os indexantes utilizados nos créditos à habitação de taxa variável para terreno negativo, nível em que ainda se mantêm.


Fonte: Sol