sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Não há nada como trocar de casa para mudar de hábitos

Se a sabedoria popular já o dizia com o ditado ‘casa nova, vida nova’, a ciência não tem, agora, dúvida: as pessoas são mais propensas a mudar de hábitos quando trocam de casa.
Segundo os investigadores da Universidade de Bath, a taxa de sucesso da mudança de um hábito é maior quando este é acompanhado por uma troca de casa ou de emprego. Os grandes acontecimentos fazem, aqui, toda a diferença.

Publicado no Journal of Environmental Psychology, o estudo indica que a mudança de habitação ou de emprego é vista com uma “janela de oportunidade” para novos hábitos e rotinas, muitas vezes ansiados há meses, mas impossíveis de realizar nas casas e trabalhos antigos.

Depois de analisarem 800 adultos de Peterborough, os investigadores concluíram que as “transições de vida”, como a mudança de casa, “apresentam uma real oportunidade para influenciar as decisões tomadas”.

Os inquiridos que mudaram de casa durante o período de teste foram os que reagiram melhor aos desafios ambientais lançados pelos investigadores (que incluíam fazer reciclagem, reduzir do desperdício alimentar e o consumo de energia) do que aqueles que não mudaram de casa ou emprego.

Para o autor do estudo, o professor Bas Verplanken, a chave do sucesso da mudança de hábitos está, de facto, numa grande mudança e a questão ambiental torna-se mais importante uma vez que a troca de casa traz, muitas vezes, a vontade de poupar dinheiro e de ter um estilo de vida mais saudável, como se de uma resolução de ano novo se tratasse.
 
Fonte: Noticias ao Minuto

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Prestação da casa tem nova descida em Fevereiro

Descida mensal com o crédito à habitação oscila entre 1,3% e 3,5%. Maior desafogo será sentido nos contratos com Euribor a 12 meses.
O próximo mês é marcado por um novo alívio dos encargos das famílias portuguesas com o crédito à habitação. Apesar de ainda faltarem duas sessões para o fecho do mês da Euribor, já é possível perceber que quem revir a taxa de juro do seu empréstimo da casa em Fevereiro, vai passar a pagar menos de prestação. A quebra de encargos oscila entre o um mínimo de 1,3% e um máximo de 3,5%.

O maior desafogo será sentido pelos agregados cujos empréstimos tenham como referência a Euribor a 12 meses, dado que estes só agora sentirão as descidas do último ano. A prestação mensal cai 3,5% o que, para um exemplo de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um ‘spread’ de 1%, reflecte-se numa poupança mensal de 11,8 euros euros, com a prestação a fixar-se nos 323,71 euros nesses créditos. Ainda assim será muito baixo o número de famílias a beneficiar dessa redução, já que a Euribor a 12 meses tem pouca expressão no total do crédito à habitação em Portugal. Isto apesar de mais de metade dos bancos actualmente estar a utilizar a Euribor a 12 meses como referência para os novos empréstimos para a compra de casa, já que contrariamente às Euribor a três e seis meses este ainda apresenta valores positivos. A Euribor a 12 meses está actualmente nos 0,022%.

Nos contratos que têm como referência os indexantes nos prazos mais curtos, a redução na prestação será menor. Quem optou pela taxa a seis meses verá o valor da prestação cair 1,5% no próximo mês, o que para o cenário considerado significa uma poupança mensal de 4,92 euros, para um valor mensal de 318,98 euros. Nos empréstimos indexados à Euribor a três meses, tendo em conta o exemplo referido, a poupança esperada será de 4,1 euros por mês, com a nova prestação a fixar-se em 315,07 euros, menos 1,3% face à última revisão.
Juros negativos até à segunda metade de 2018
Os três indexantes encontram-se em mínimos históricos e a expectativa é de que assim se mantenham por algum tempo, tendo em conta que não é esperada uma alteração da política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) que procura contrariar o fraco crescimento económico e a persistente baixa inflação na zona euro. Na última reunião do conselho de governadores que ocorreu na passada semana, Mario Draghi admitiu que o BCE poderá mesmo avançar com mais estímulos monetários já em Março. As equipas técnicas do banco central vão estudar no próximo mês e meio as várias alternativas possíveis.

A extensão do final do programa de compra de dívida pública de Setembro de 2016 para Março de 2017, na reunião de Dezembro último, foi uma das mais recentes medidas tomadas pelo BCE. Mas Mario Draghi reiterou após a reunião da semana passada que “não há limites a quão longe estamos dispostos a ir na utilização dos nossos instrumentos”. Um corte adicional na taxa de juro que o BCE cobra aos bancos pelos depósitos em Frankfurt (actualmente nos -0,3%) é uma das possibilidades em que os analistas acreditam. A tendência será para que as taxas de juro Euribor acompanhem esta evolução, caso a medida se confirme. Certo é que o comportamento dos futuros da Euribor a três meses apontam para que o indexante continue a deslizar para terreno cada vez mais negativo até final de 2016. Só a partir dessa altura apontam para uma inversão de tendência, sendo esperado contudo que o indexante se mantenha negativo até Setembro de 2018.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Taxas Euribor: novos mínimos em todos os prazos

 
 
 
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou para terreno negativo pela primeira vez a 06 de novembro passado, desceu hoje para -0,077%, novo mínimo de sempre e menos 0,003 pontos do que na sexta-feira.

 A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de abril de 2015, caiu hoje para -0,155%, novo mínimo de sempre e menos 0,003 pontos do que no final da semana passada.

 A Euribor a nove meses desceu hoje para -0,027%, novo valor mínimo de sempre e menos 0,003 pontos do que na sessão anterior.

 Depois de ter sido fixada em valores negativos entre 27 de novembro e 03 de dezembro, a Euribor a nove meses voltou para valores abaixo de zero a 07 de janeiro nos quais se tem mantido desde então.

 No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu hoje para 0,028%, novo mínimo histórico e menos 0,004 pontos percentuais do que na sessão anterior.

 As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
 
Fonte: Diário Imobiliário

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Senhorios, está a terminar o prazo para declararem as rendas



Com a entrada em vigor da revisão do código do IRS, os senhorios são obrigados a declarar as rendas obtidas durante o ano até ao fim do mês de janeiro do ano seguinte. Em 2016, relativamente às rendas de 2015, a declaração pode ser entregue até 1 de fevereiro próximo.

Dispensados ficam apenas os que optaram pela emissão de recibo eletrónico. 

No entanto, conforme pode verificar no Portal das Finanças, onde está disponível para consulta e impressão o modelo 44, os proprietários não têm que dizer apenas quanto ganharam. É necessário ainda apresentar a identificação dos imóveis arrendados e dos respetivos inquilinos.

Saiba também que é possível considerar-se os rendimentos prediais como rendimentos empresariais (categoria B), sendo necessária fazer a respetiva alteração de antemão, o que pode já ser feito para a entrega da declaração este ano.

Para mais informações pode consultar os folhetos informativos do Portal das Finanças ou ligar para o número do Centro de Atendimento Telefónico (CAT) da Autoridade Tributária e Aduaneira (707 206 707), todos os dias úteis das 9h00 às 19h00.
Fonte: Noticias ao Minuto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Rendas no IRS: casados e co-proprietários têm de apresentar declaração em separado

Os proprietários que apresentarem às Finanças uma declaração modelo 44, para serem dispensados de entregar recibos eletrónicos, terão de fazê-lo em separado no caso de serem um casal ou herdeiros de imóveis que estejam arrendados. A regra é que cada titular de rendimentos preencha uma destas declarações, tendo de comunicar as rendas relativas à sua quota parte. 
"Como se identifica o proprietário?
A identificação de quem está a entregar a declaração é feita através da inscrição do respectivo número de contribuinte (campo 2). E cada declaração diz respeito apenas a um titular dos rendimentos. Se se tratar de uma herança indivisa, dada comproprietário preenche uma declaração autónoma e se o proprietário for casado e o prédio não for um bem próprio, o cônjuge também tem de preencher uma outra declaração.

E como se indica o contrato em causa?
Uma declaração pode servir para declarar as rendas de vários prédios de um mesmo proprietário. Há um campo para introduzir o "número" de contrato (campo 5.2), mas que, dizem os serviços, é facultativo, uma vez que, nomeadamente os contratos anteriores à entrada em vigor do novo regime (Abril de 2015) não têm um número atribuído. É preciso dizer se o contrato é anterior a 2006 ou já posterior (campo 5.4) e identificar o código da freguesia (campo 5.5) e o artigo de inscrição na matriz (campo 5.7).

Qual o valor da renda a inscrever?
É a renda líquida correspondente à quota parte que o declarante possui no imóvel (campo 5.11). Se forem os dois cônjuges, cada um porá 50% do total das rendas recebidas durante o ano. Se forem por exemplo oito herdeiros, então cada um porá um oitavo do valor anual da renda (pressupondo que as partes que cada um herdou são iguais. Mas se esses oito herdeiros, por sua vez, forem casados e o prédio for um bem comum, então cada um inscreve um 16 avos

Como sabe o Fisco quem é o inquilino?
Há um último campo da declaração para colocar o número de contribuinte do inquilino (campo 5.14). Se o mesmo contrato tiver mais de um inquilino, então deverá preencher-se (no campo 5) uma linha por cada inquilino. E depois inscrever o valor da renda que, da quota parte do proprietário, corresponder a cada inquilino.
fonte: Idealista News

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Bankinter prevê que a Euribor continue a descer até final de 2016

O Bankinter, entidade financeira espanhola cotada na Bolsa de Madrid desde 1972 e que em Setembro passado adquiriu o negócio de retalho do Barclays em Portugal, prevê que a Euribor a 12 meses — taxa a que estão referenciadas a maioria das hipotecas imobiliárias em Espanha — poderá chegar ao final de 2016 com um valor de -0,1% e só voltar a terreno positivo em 2017, afirma o departamento de análise do banco espanhol.

Os analistas do banco referem que as perspectivas da evolução da Euribor têm que ter em conta o contexto "duradouro" de taxas de juro próximas do zero nos próximos tempos. Afirma o relatório do Bankinter: “apesar das subidas do FED [banco central dos EUA]", com transações oficiais na Eurozona que continuarão a fazer-se a uma taxa actual de 0,05%, nos próximos dos anos, e tendo em conta as medidas aplicadas pelo BCE (Banco Central Europeu) para que se mantenham ou mesmo se aprofundizem caso seja necessário”, (…) “todos estes factores tornam provável que "não tardemos em ter a Euribor a 12 meses em valores negativos, o que tornará a vida realmente difícil aos bancos… pelo menos àqueles que estão focados na banca de retalho  e carentes de factores estratégicos diferenciadores".

Esta situação, no entanto, afirma o Bankinter, "Permitirá que o financiamento não seja um obstáculo à sustentabilidade do ciclo económico expansivo" que se vive nestes momentos.

A Euribor finalizou o ano de 2015 no mínimo histórico de 0,059%, tendo registado uma queda anual 80%, a maior da última década.
 
Fonte: Diário Imobiliário

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Taxa de juro do crédito à habitação baixa para novo mínimo histórico

As taxas de juro médias praticadas nas novas operações para crédito à habitação voltaram a tocar num mínimo histórico ao fixarem-se em 2,13%, uma diminuição de três pontos base face ao mês anterior, divulgou o Banco de Portugal. 

Na sua nota de informação estatística, o supervisor financeiro refere hoje que em relação aos novos empréstimos concedidos a particulares para habitação, “a taxa de juro média diminuiu três pontos base (p.b.) em novembro, fixando-se em 2,13%, que corresponde a um mínimo histórico”.

O Banco de Portugal adianta que o montante de novas operações de empréstimos para habitação, que atingiu os 413 milhões de euros “é o mais elevado desde maio de 2011, apesar de inferior a metade do valor médio verificado nos cinco anos anteriores a 2011”. 

Já relativo ao crédito ao consumo, as taxas de juro médias foram de 7,99% e 4,68%, apresentando reduções relativamente ao mês anterior de seis e três pontos base, respetivamente. 

Relativamente aos novos empréstimos às empresas, registou-se em novembro uma taxa de juro média de 3,57%, “17 p.b. inferior à do mês anterior”. 

O supervisor financeiro acrescenta que, em novembro passado, a taxa de juro média dos novos depósitos de sociedades não financeiras (empresas) foi de 0,43%, o que representa um aumento de três pontos base (p.b.) face ao mês anterior. 

A taxa de juro média dos novos depósitos de particulares atingiu um mínimo histórico, situando-se em 0,55%, o que representa uma redução de cinco p.b. em relação a outubro. 

Relativamente aos empréstimos bancários concedidos a sociedades não financeiras registaram uma taxa de variação anual (tva) de -3,2%, o que representa uma variação positiva de 0,2 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior (-3,4%). 

A taxa de variação anual dos empréstimos bancários concedidos a particulares manteve-se no mesmo nível do mês anterior (-3,0%). 

No que se refere aos depósitos bancários, a taxa de variação anual das empresas foi de 5,7%, o que corresponde a uma redução de 3,1 p.p. em relação ao mês anterior. Já para os particulares, a taxa de variação anual dos depósitos foi de 3,1%, o que representa uma redução de 0,2 p.p. em relação a outubro. 

No final de novembro, o montante de depósitos de particulares junto dos bancos residentes ascendia a 137,5 mil milhões de euros.
 
Fonte: Dinheiro Vivo

Candidaturas ao programa Porta 65 aumentaram 20% em Dezembro

Segundo a informação online do IHRU, "é nos grandes centros urbanos que se regista o maior número de candidaturas", sendo o município de Lisboa a encabeçar o topo da lista, com 466 candidaturas, seguindo-se Vila Nova de Gaia (259 candidaturas), Porto (238), Sintra (203) e Braga (147).

Por tipo de agregado familiar, das 4.507 candidaturas submetidas, 2.669 são de jovens isolados, 1.716 de jovens casais e 122 de jovens em coabitação, de acordo com dados divulgados pelo IHRU.

Em relação à tipologia das habitações, a maioria dos pedidos de apoio ao arrendamento são para casas T2, com um registo de 2.465 candidaturas, seguindo-se os T1, com 1.652 candidaturas submetidas.

As habitações com menos candidaturas de apoio ao arrendamento são de tipologia T4, com três candidaturas submetidas, seguindo-se os T0 (176 candidaturas) e os T3 (211).

No período de candidaturas de dezembro de 2015, que decorreu entre 16 de dezembro e quarta-feira, foram "submetidas 4.507 candidaturas, o que representa um aumento de 20% no número de candidaturas face ao período homólogo de 2014, e 40% face ao mesmo período de 2013", referiu o IHRU.

De acordo com informação do IHRU, no período de candidaturas de dezembro de 2014, foram registadas 2.865 candidaturas, das quais 1.274 obtiveram subvenção.

As candidaturas submetidas no período de dezembro de 2015 vão ser ainda apreciadas pelo IHRU, "atendendo à dimensão e composição do agregado, proporcionalidade da taxa de esforço, rendimento mensal, proporcionalidade da renda e situação financeira dos ascendentes".

Lançado em 2007, o programa de apoio ao arrendamento jovem Porta 65 consiste na atribuição de uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal, tendo como beneficiários jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos. As candidaturas que englobem menores e pessoas com deficiência e que se encontrem em localizações especiais são beneficiadas.
 
Fonte: Noticias ao Minuto

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Governo dá benefícios fiscais a quem quiser recuperar para arrendar

Executivo assume reabilitação como prioridade e vai dar incentivos e benefícios fiscais a quem recuperar imóveis para arrendar a preços acessíveis à classe média.

O Governo vai atribuir incentivos e benefícios fiscais aos proprietários que reabilitem as suas casas para as arrendar por valores acessíveis à classe média, apurou o Económico.

Esta é uma das prioridades em que o Executivo está a trabalhar para dar uma solução de arrendamento à classe média e, simultaneamente, reabilitar o centro das cidades. E pretende ser mais “generoso” face ao que existe actualmente.

“A relação da reabilitação urbana com o arrendamento é um vector essencial de toda a estratégia que está a ser pensada” pelo Executivo, “prevendo-se soluções que satisfaçam as necessidades daqueles que, nos últimos anos, perderam o acesso a um alojamento condigno devido à redução dos seus rendimentos”, explicou ao Económico fonte oficial do Ministério do Ambiente que tem a tutela da reabilitação urbana.

Essas soluções passam por “uma revisão, no sentido de alterar o regime de incentivos e benefícios fiscais, no âmbito da reabilitação urbana”, precisou a mesma fonte. “No que diz respeito a benefícios fiscais, a tendência será dar prioridade à reabilitação em desfavor da construção nova. Em especial quando estiver presente o objectivo de arrendamento posterior por valores de rendas que permitam o acesso da classe média”, acrescentou.

O próprio primeiro-ministro destacou ontem a importância da reabilitação urbana para relançar a economia. “Pode e deve ser o motor da indústria da construção, tendo um enorme potencial na geração de emprego, que tem de continuar a ser uma grande prioridade para termos uma redução sustentada do desemprego”, disse António Costa, que ontem se reuniu, pela primeira vez enquanto primeiro-ministro, com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Ainda em campanha eleitoral, Costa assumiu “um compromisso concreto e um objectivo quantificado”, de “lançar um programa de mil milhões de euros para pôr a reabilitação urbana a andar e a funcionar”. No programa de Governo, apresentado em Junho do ano passado, era especificado que a prioridade seria dada aos centros históricos e “zonas urbanas ou periurbanas degradadas, carecidas de um esforço sério de requalificação e com um défice de equipamentos ou serviços essenciais”. Por outro lado era anunciada a intenção de “criar um Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, com capitais e gestão pública (sendo que parte do capital inicial pode ser incorporado através da entrega de edifícios públicos a necessitar de reabilitação), mas ao qual os privados possam aceder mediante a entrega do seu edifício/fracção”. Com o objectivo de alavancar, “em especial, o arrendamento de habitação acessível”. Este fundo, vai ter como participante o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.
Linha limitada a 50 milhões
O anterior Governo já tinha criar um programa “Reabilitar para Arrendar”, em Julho do ano passado que permitia o acesso tanto de entidades públicas como privadas. Mas esta linha de financiamento estava limitada a 50 milhões de euros, verbas financiadas maioritariamente pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), mas também pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) e pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

No âmbito do actual programa, o empréstimo pode corresponder a 90% do custo total da operação e pode ser pago até 15 anos com uma taxa fixa de 2,9%. O objectivo definido era reabilitar 300 edifícios, o que corresponde a duas mil casas.

Esta era já a segunda versão do programa Reabilitar para Arrendar. A primeira foi lançada em 2013 também com 50 milhões de euros, mas destinava-se apenas a entidades públicas como municípios, empresas municipais e sociedades de reabilitação urbana.
fonte: Económico

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Crédito à habitação dispara 70%. Reforma do arrendamento falhou?

Nos primeiros dez meses de 2015, os bancos concederam 3131 milhões de euros em crédito à habitação. O número contrasta com o valor do mesmo período de 2014: até outubro desse ano, o valor era de 1835 milhões, o que resulta num aumento, de um ano para o outro, de mais de 70%. Dados do Banco de Portugal mostram que o valor atingido nos primeiros dez meses do ano passado é mesmo 35% superior à totalidade de empréstimos para comprar casa feitos em 2014. 

O crescimento é significativo, mas para o colocar em perspetiva vale a pena comparar os números de agora com os do período pré-crise. E dessa comparação resulta uma diferença gritante: entre 2004 e 2008, a média anual de empréstimos para comprar casa era de quase 17500 milhões: nesse período, bastavam pouco mais de dois meses para atingir o valor concedido em todo o ano de 2015. 

O mercado do arrendamento continua a ser mais fraco que o da compra e venda de imóveis. Lisboa é o distrito no qual o aluguer de casa é mais forte; ainda assim, apenas um terço de quem procura casa o faz com intenção de arrendar; os outros dois terços querem adquirir uma habitação. E neste mesmo distrito, os dados do censo de 2011 recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística mostram que apenas um quarto dos imóveis colocados no mercado têm por destino o aluguer, sendo os restantes 75% para vender. A média global calculada pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP) mostra que 52% da procura se dirige para a compra de imóveis, enquanto 44,9% se direciona para o arrendamento. E a tendência para a compra está a intensificar-se: no primeiro trimestre de 2015 transacionaram-se em Portugal um total de 25.716 alojamentos familiares, o que corresponde a um aumento de 38.3% face a igual período do ano anterior. 

Reforma do arrendamento: todos querem alterações 

A reforma do arrendamento urbano, que entrou em vigor em 2012, tinha por objetivo dinamizar o mercado de arrendamento, que em Portugal foi sempre mais débil que o da compra de habitação própria. Os números do banco de Portugal mostram que a tendência para comprar casa - e a cultura do país de proprietários - parece estar mais uma vez a ganhar força. E, na ótica de alguns interessados no sector, a tornar evidente um fracasso da lei lançada no governo de Passos Coelho. Do lado das empresas de mediação imobiliária, a convicção é a de que um dos principais entraves à dinamização do mercado - a tributação sobre os senhorios - não foi eliminado. O presidente da APEMIP, Luís Lima, considera que "a lei não funcionou" e acrescenta que se "falou muito na questão da liberalização das rendas mas não do mais importante, que era criar condições para que os proprietários possam colocar as casas no mercado a preços mais acessíveis". Entre essas condições, sublinha, há uma fundamental: "a questão fiscal. A taxa liberatória demorou, mas veio. Foi positivo, mas não chegou. Quem quer investir no mercado de arrendamento não pode ser alvo de dupla tributação, na posse [através do IMI] e no rendimento [via IRS]". É por isso que, acredita Luís Lima, "quem opta por fazer negocio neste mercado deve ser tributado pelo rendimento, e que se se paga de posse deve ser dedutível".

 Luís Lima alerta mesmo para uma evolução negativa do mercado de arrendamento, que evolui no sentido de regressar aos valores pré-reforma do arrendamento: "antigamente 70% das pessoas procuravam casa para comprar. Com a crise do subprime, passou a acontecer o inverso: 70% da procura era para arrendamento. Mas essa percentagem tem vindo a diminuir, e cada vez mais a aproximar-se dos 20% que se registavam em 2011". Uma evolução que se explica com o facto de "as pessoas começarem a ter noção que não há casas para arrendar a preços que elas possam pagar", e, por outro lado, "porque felizmente, têm outra solução, que é o crédito à habitação. A taxa Euribor está muito baixa, o que origina prestações mais reduzidas, e isso possibilita que muitas pessoas optem pela aquisição de casa através de empréstimo", realça. 

Do lado dos inquilinos, a satisfação não é maior. Romão Lavadinho, presidente da Associação Lisbonense de Inquilinos, exige um alargamento do período transitório da lei, que coloca limites aos aumentos aos quais as rendas antigas podem ser sujeitas, e que termina em 2017. Romão Lavadinho considera que nessa altura, "o proprietário pode dizer ao inquilino que já não se aplica nenhuma regra: nem do valor patrimonial, nem da carência económica da família, nem nenhuma outra. Você pagava 200 euros porque tinha um rendimento baixo, mas a partir de agora passa a pagar mil ou 1500 euros, ou vai para a rua". "Consideramos que este artigo é inconstitucional", afirma. 

Já o presidente da Associação Nacional de Proprietários, António Frias Marques, exige ao executivo socialista que crie apoios aos senhorios para que possam fazer melhoramentos nas habitações. Ainda assim António Frias Marques elogia a reforma, dizendo que "há mais justiça nas rendas. Existiam rendas diminutas, e muitos casos de pessoas que já nem precisavam da casa e estavam só à espera de uma indemnização [que receberiam se fossem despejados sem justa causa]. Depois, quando a renda foi aumentada em função da revisão do valor patrimonial do imóvel, entregaram a casa ao senhorio". Frias Marques sublinha, no entanto, que também existe "o reverso da medalha: a maioria das casas, quando é entregue, está num estado terrível, que ninguém lá se quer meter, e a maior parte dos senhorios está descapitalizada. Aguardamos que se criem apoios estatais para que se possam recuperar as casas", diz.

Fonte: TSF

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

IMI: já pediu o seu “desconto”?


Faltam quatro meses para pagar (ou começar a pagar) o IMI. É em abril. Já sabe quanto vai pagar? E já pediu o seu desconto? Desconto?! 

Bem, não é exatamente um "desconto", é mais um ato de justiça que ainda muitos contribuintes não pediram porque não sabem ou acham complicado. No meu caso, baixei o Imposto Municipal sobre Imóveis em cerca de 120 euros. Basta ir às Finanças e pedir para reavaliar o seu imóvel. Ou seja, e indo direto ao assunto, só lhe baixam o IMI se for lá pedir. Se não pedir a reavaliação, fica como está para sempre ou até o vender ou quando for herdado. 

É uma das regras potencialmente lesivas para o contribuinte que permanecem, Governo após Governo. A Autoridade Tributária (AT) tem todos os dados para atualizar o valor patrimonial da sua casa, mas só o faz se for lá pedir por escrito. Porque é que fazer esse pedido é importante? 

Porque todos os anos a sua casa fica mais velha e, por isso, perde valor. Mas para a AT (se não pedir essa reavaliação) a sua casa será sempre novinha, a estrear, e é avaliada como tal. Mesmo que já tenha 20 anos e esteja a precisar de reformas. Outra coisa: o preço do metro quadrado é fixado anualmente por lei para todas as casas do país. No meu caso, quando comprei a casa (e ficou definido o valor patrimonial do meu imóvel) o preço por m2 era de 615 euros. Mas em 2015 baixou para 603 euros por metro quadrado. Ou seja, a minha casa vale menos mas continuo a pagar o mesmo IMI. 

A AT tem todos os dados para atualizar AUTOMATICAMENTE o valor patrimonial de todas as casas do país e não o faz. Porquê? Uma das razões é que perderia, obviamente muitos milhões de euros que recebe por causa da inércia dos contribuintes proprietários de imóveis. 

Em resumo, avalie pelo menos de dois em dois anos se vale a pena pedir nas Finanças a reavaliação do seu imóvel ou imóveis. Se o valor patrimonial baixar, não paga nada, é grátis. Se o VPT (Valor Patrimonial Tributário) ficar igual ou subir, terá de pagar uma taxa. Então, como é que eu posso saber se devo ou não pedir a reavaliação? 

A Deco tem um simulador muito útil que lhe permite fazer isso no seu computador muito rapidamente. Basta ir ao Portal das Finanças imprimir a sua Caderneta Predial e a seguir vai a este endereço na internet, preenche com os seus dados e fica imediatamente a saber se está a pagar IMI a mais ou então, se ainda for cedo, em que ano deve pedir a próxima reavaliação. Há situações em que não compensa pedir já. 

Enquanto um governo (este ou outro) não mudar a lei, tem de ser o contribuinte a perceber se deve ou não pedir a reavaliação por desatualização de dados do seu imóvel e a mexer-se.

 É verdade que pode até fazer o pedido por internet, mas pela minha experiência, não aconselho porque o processo "perde-se" demasiadas vezes. Faça como eu, vá a uma repartição de finanças, leve consigo a Caderneta Predial, compre lá o impresso (ou imprima da net) e peça ajuda ao funcionário para preencher tudo direitinho. Em princípio, só tem efeito um ano depois. 

Já pagamos tantos impostos, para quê pagar mais do que devemos sem necessidade?
 
Fonte: Expresso

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

IMI: como evitar uma má surpresa no valor a pagar

Os novos valores dos coeficientes de localização dos imóveis, que servem de base ao valor a pagar de MI, já estão em vigor e podem ser consultados desde o dia 1 de Janeiro. Os proprietários podem assim ir às Finanças informar-se se vão pagar mais ou menos imposto. 

Os coeficientes de localização, usados para calcular o valor patrimonial que serve de base ao IMI, foram revistos e os novos valores entraram em vigor a 1 de Janeiro. Os proprietários já podem dirigir-se às Finanças e verificar se podem ou não passar a pagar menos imposto.

Isto porque, a portaria publicada em Diário da República que estabelece os coeficientes determina apenas os valores máximo e mínimo a praticar nas áreas territoriais correspondentes a cada um dos serviços de Finanças espalhados pelo país, tal como escreve o Jornal de Negócios. 

Para acederem ao mapa completo - e saberem qual o coeficiente correspondente à localização do seu imóvel - os proprietários, segundo diz ainda o jornal, terão de ir às Finanças. Em alternativa, a consulta pode ser feita no Portal das Finanças, na Internet.

Em 2015, foi realizada uma revisão destes valores (a anterior tinha sido feita em 2009) e, consoante tenham variado para mais ou para menos, terão reflexos a partir deste ano e no IMI a pagar em 2017 com referência a 2016. 

Os coeficientes de localização dos imóveis servem de base à avaliação dos prédios urbanos e fixam o valor patrimonial tributário (VPT) dos prédios sobre o qual incide o IML. 

Mudam conforme se tratem de edifícios destinados a habitação, comércio, indústria ou serviços e pesam as acessibilidades; a proximidade de equipamentos sociais (escolas, serviços públicos, comércio); serviços de transportes públicos; localização em zonas de elevado valor de mercado imobiliário. 

Em 2015, foi realizada uma revisão destes valores (a anterior tinha sido feita em 2009) e, consoante tenham variado para mais ou para menos, terão reflexos a partir deste ano e no IMI a pagar em 2017 com referência a 2016.
 
Fonte: Idealista News

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Crédito à habitação: o que vai acontecer às prestações da casa em 2016?

A descida mais acentuada vai ocorrer nos contratos indexados à Euribor a 12 meses. Nos outros a redução poderá ser de dois ou três euros.
A prestação da casa vai continuar a baixar nos próximos meses e o valor cobrado pelo banco este mês reflecte já essas reduções. Mas as poupanças são ainda reduzidas, especialmente nos casos dos principais indexantes usados no crédito à habitação em Portugal – taxa Euribor a três e a seis meses. 
“Nestes casos estamos a trabalhar muito próximo de juros zero e por isso mesmo não podemos assistir a reduções muito significativas. Estamos a falar de reduções de dois, três ou quatro euros por mês”, refere ao i o economista João Fernandes da Associação de Defesa do Consumidor (DECO).
Por isso mesmo, o maior alívio mensal será sentido pelas famílias que optaram pela Euribor a 12 meses como indexante, dado que só agora sentirão as descidas acumuladas no último ano. O i fez as contas e para um empréstimo de 120 mil euros, a pagar a 30 anos com um spread de 1,5% e Euribor a 12 meses, o cliente que pagava até agora 441 euros mensais vai passar a pagar, a partir deste mês, cerca de 423 euros por mês, ou seja, menos 18 euros mensais, o que ao final de um ano representa uma poupança de 216 euros (ver gráfico ao lado).
Já no caso dos créditos a habitação associados a outras indexantes (três e seis meses), o responsável da DECO admite que as famílias portuguesas mal vão sentir a descida, uma vez que “não estamos a falar de empréstimos de milhões de euros”. Nas simulações feitas, e no caso do crédito indexado a três meses, a redução mensal é de um euro, mas a de seis meses atinge os quatro euros mensais (ver gráfico ao lado). Para já, o mercado continua a antever taxas negativas para a Euribor até pelo menos Junho de 2016, devendo iniciar-se uma subida muito gradual a partir dessa data. 
Comprar casa? De acordo com o economista, a opção pela compra de uma casa não se deve limitar a considerar o valor das taxas de juro que está a ser praticado nesse momento. “Há que ter em conta muitas variáveis. As pessoas devem olhar para a sua situação financeira, para as perspectivas da sua situação financeira, analisar se têm um emprego estável, se têm ou não perspectivas de vir a perder parte do seu rendimento no futuro ou futuro próximo”, explica e adverte João Fernandes. 
Além disso, de acordo com o mesmo responsável, é preciso ter em conta que os empréstimos são feitos a 20, 30 ou mesmo 40 anos e que ao longo desse período as taxas de juro poderão subir e, no limite, esse aumento até pode ser significativo. “As pessoas não podem ficar a olhar para o que pagam hoje e os bancos são obrigados a dar simulações de quanto ficariam a pagar de crédito não só hoje, mas também quanto pagariam se a taxa de juro subisse 1% ou 2%”, salienta o economista, acrescentando ainda que “se as taxas de juro subirem 3%, 4% ou 5%, o que representa actualmente uma folga orçamental pode desaparecer de um dia para o outro”.
Outro factor a ter em conta diz respeito ao spread que é aplicado pelo banco. “Há uns anos estava próximo do zero, depois entre 2007 e 2009 subiu e houve casos em que chegou a ultrapassar 7% e, neste último ano e meio, assistimos novamente a uma redução, mas nunca para valores próximos do zero, já se encontrando com frequência spreads próximos dos 3%”, diz. Segundo João Fernandes, os consumidores têm de ter noção de que spreads de 3% associados a um indexante de zero e que daqui a uns anos poderá rondar 5%, 6%, 7% ou mais, podem causar graves desequilíbrios nos orçamentos.
O responsável da DECO lembra, no entanto, que o envolvimento com o banco poderá ditar um spread mais baixo, mas também poderá ter outras implicações. “Por um lado consegue um spread mais baixo, por outro, o facto de estar a contratar outros produtos que o banco propõe pode não representar boas opções financeiras porque os juros que são oferecidos naquele banco por aquele depósito a prazo podem não ser o mais atractivo em relação a outro instituição financeira ou os seguros contratados podem ser mais caros e o cliente acaba por ficar condicionado na sua escolha”, conclui. 
fonte: i online