sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Juros do crédito à habitação voltam a cair em novembro

"A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação situou-se em 1,032% em novembro (1,038% em outubro)." Com uma simples frase, o Instituto Nacional de Estatística confirmou as boas notícias que muitos portugueses já sentem na carteira e que têm sido uma constante desde o primeiro trimestre de 2014. 

Os cortes sucessivos nas taxas de juro do BCE permitem à banca financiar-se a preços historicamente baixos e com as Euribor em taxas negativas ou muito próximas do zero, os contratos de crédito à habitação ficam mais baratos para os clientes quase todos os meses. 

Desta vez, a queda foi de 0,006 pontos percentuais, uma revisão média que não ainda assim suficiente para alterar o valor das prestações: "A prestação média vencida para a globalidade dos contratos foi 237 euros, pelo terceiro mês consecutivo". 

No boletim estatístico divulgado pelo INE pode ver-se que o alívio das taxas de juro apenas não existiu nos contratos celebrados nos últimos três meses, registando até um aumento das prestações médias para os empréstimos mais recentes dos 298 euros de outubro para os 306 euros de novembro. 

Finalmente, há também uma boa notícia nos valores em dívida: "O montante de capital médio em dívida para a totalidade dos contratos de crédito à habitação diminuiu 41 euros em novembro, para 51 597 euros".
 
Fonte: Noticias ao Minuto

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

31,8% das despesa das famílias vai para a Habitação

A despesa anual média das famílias aumentou 2,6% em 2015/16, face a 2010/2011, para 20.916 euros, de acordo com os resultados provisórios do Inquérito às Despesas das Famílias 2015/2016 elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As despesas com saúde representam, por sua vez, 5,6% da média dos gastos das famílias e com ensino 2,2%.

Por região, apenas o valor da despesa anual média na Área Metropolitana de Lisboa ultrapassa a média da despesa no país, em cerca de 14,6%.

Só na Área Metropolitana de Lisboa a média da despesa das famílias é superior à média nacional

As restantes regiões, refere o instituto, apresentam uma despesa anual média mais baixa do que a verificada ao nível nacional, com destaque para a assimetria registada na Região Autónoma dos Açores (-17,9%), no Alentejo (-14,4%) e na Região Autónoma da Madeira (-11,7%).

“A evolução da despesa anual média dos agregados familiares corresponde, em termos nominais, a um aumento de 2,6%, e em volume (preços constantes) a um decréscimo de 4,2%, donde se conclui que, em volume, as despesas médias das famílias diminuíram entre 2010/2011 e 2015/2016”, sinaliza o INE.

Os resultados provisórios do inquérito indicam ainda que a despesa média anual dos agregados familiares com crianças dependentes é 44% mais elevada do que a despesa média das famílias sem crianças dependentes.

Em média, as famílias com crianças dependentes gastam mais 658 euros por mês do que as famílias sem crianças dependentes.
 
Fonte: Diário Imobiliário

Habitação vai ser a prioridade do Governo para 2017

Esta divulgação vem criar expectativas ao sector e na opinião de Reis Campos, presidente da CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, permitir encarar o futuro imediato com um maior optimismo.

Reis Campos adianta mesmo que este sector é responsável por 50,1% do investimento da economia. "Se, por outro lado, juntarmos a perspectiva que foi assumida pelo Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, o qual anunciou investimentos em projectos estruturantes que, numa óptica de crescimento e de desenvolvimento produtivo, permitem dar resposta às efectivas necessidades do País e servir de alavanca ao investimento privado”, a Confederação reconhece que este pode ser um momento de viragem, na medida em que represente um compromisso firme, por parte do poder político, com o futuro.

Segundo o responsável existem mais de 1,5 milhões de casas a precisar de obras, 465 mil famílias a viver em alojamentos sobrelotados e uma habitação social para cada 16 portugueses em risco de pobreza. Programas como a “Casa Eficiente”, dinamizados pelo Ministro do Ambiente e tendo como entidade agregadora a CPCI, são um bom exemplo do que deve ser feito, tendo por objectivo alargar a Reabilitação Urbana a todo o país. "Este é o momento de concretizar as medidas que estão há muito identificadas e fazer das cidades instrumentos de competição à escala global", esclarece.

"Estou certo que não é apenas o sector que se revê nas palavras do Senhor Primeiro-Ministro, mas todo o país, já que o nosso futuro colectivo passa por criar emprego duradouro, por espaços urbanos dinâmicos e competitivos e por uma maior coesão territorial”, conclui Reis Campos.
 
Fonte: Diário Imobiliário

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Oferta de casas volta a cair enquanto procura continua a crescer


A oferta de casas nos mercados de compra/venda e de arrendamento voltou a diminuir em Portugal continental, enquanto a procura continuou a crescer em ambos os mercados, segundo o mais recente inquérito ‘Portuguese Housing Market Survey’ (PHMS).

A diferença de ritmo entre procura e oferta tem “pressionado em alta” quer os preços de compra/venda de habitação, quer as rendas, revelou o inquérito PHMS realizado em outubro, com base nas respostas de 150 inquiridos de empresas do setor imobiliário.

No mercado de compra/venda de casas, as três regiões analisadas de Portugal continental – Lisboa, Porto e Algarve – registaram um contínuo crescimento da procura e “uma nova quebra nas instruções de venda”.

“Este é o terceiro mês em que o volume de ofertas que chegam ao mercado cai”, apurou o inquérito PHMS, concluindo que o dinamismo registado entre procura e oferta tem-se refletido “sobretudo nos preços (que continuam a aumentar), já que, por agora, ainda não está a afetar as vendas”.

Sobre a compra/venda de casas, o número de transações continuou a crescer em outubro, registando-se, neste mês, “o aumento mais acentuado desde setembro de 2015”.

 no mercado de arrendamento, a procura também manteve a tendência de crescimento, contrastando com “uma oferta em contração por parte dos proprietários”.

À semelhança do mercado de compra/venda, o desequilíbrio entre a oferta e a procura teve impacto no mercado de arrendamento, uma vez que voltou a “impulsionar as rendas, que sobem há 18 meses consecutivos”.

Em relação às expectativas para o mercado de compra/venda, prevê-se que “as vendas aumentem no curto prazo e que os preços sigam uma rota de crescimento, quer a curto, quer a longo prazo”.

Os empresários do setor imobiliário, inquiridos no PHMS, antecipam “a possibilidade de uma subida elevada de preços em Lisboa”, nos próximos 12 meses, no mercado de compra/venda. Já a nível nacional, perspetivam que “os preços cresçam cerca de 4% ao ano, nos próximos cinco anos”.

No mercado de arrendamento, os inquiridos anteveem que “a procura de produtos para arrendamento se possa reduzir nos próximos três meses”.

“O claro decréscimo nas novas construções e, ao mesmo tempo, a orientação dos novos investimentos essencialmente para reabilitação e para fins não residenciais” são alguns fatores para esta redução contínua da oferta de casas, afirmou, em comunicado, o diretor da empresa de informação Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães.

Já o economista do Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) Simon Rubinsohn considerou que a procura de habitação deverá continuar em terreno positivo, devido à “melhoria contínua no mercado de trabalho” e às últimas estimativas de crescimento da economia portuguesa.

No entanto, o economista defendeu que vão ser “necessários ainda mais progressos para continuar a sustentar um crescimento sólido da procura”.

O PHMS é um inquérito mensal realizado em parceria entre a Confidencial Imobiliário e o RICS, para publicação de um Índice de Confiança e de Expectativas nas regiões metropolitanas de Lisboa, do Porto e do Algarve.
 
Fonte: Eco.pt

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Taxas Euribor caem a 3, 6, 9 e 12 meses, no prazo mais curto para novo mínimo

As taxas Euribor desceram esta terça-feira a três, seis, nove e 12 meses, no prazo mais curto para um novo mínimo histórico, em relação a segunda-feira.

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de abril de 2015, desceram esta terça-feira para -0,315%, novo mínimo histórico e menos 0,002 pontos do que na segunda-feira.

Com a mesma tendência, a taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de novembro de 2015, foi esta terça-feira fixada em -0,219%, menos 0,001 pontos do que na véspera e contra -0,220%, atual mínimo de sempre registado pela primeira vez em 22 de novembro.

No prazo de nove meses, a Euribor foi fixada esta terça-feira em -0,138%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira e contra o atual mínimo de sempre, de -0,139%, verificado pela primeira vez em 22 de novembro.

Depois de ter sido fixada em valores negativos entre 27 de novembro e 03 de dezembro de 2015, a Euribor a nove meses voltou para níveis abaixo de zero em 07 de janeiro deste ano, nos quais se tem mantido desde então.

A 12 meses, a Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 05 de fevereiro deste ano, também recuou esta terça-feira, para -0,079%, menos 0,001 pontos do que na segunda-feira e contra -0,080%, atual mínimo de sempre registado pela primeira vez em 30 de novembro.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
 
Fonte: Observador

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Tem crédito à habitação? Vai voltar a pagar menos ao banco em Dezembro




No caso de um empréstimo à habitação no valor de 150 mil euros a 30 anos indexado à Euribor a seis meses com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, esse cliente vai passar a pagar a partir deste mês 467,79 euros, menos 4,74 euros face à mensalidade que pagava desde a última revisão, em Junho. 

Já num empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o valor a pagar é de 461,20 euros, menos um euro do que na revisão de Setembro. 

As prestações da casa têm caído consecutivamente há meses, acompanhando a redução das taxas Euribor que negoceiam mesmo em valores negativos históricos. 

Em Novembro, a média mensal da taxa Euribor a seis meses foi de -0,215% e a três meses de -0,313%.
 
Fonte: Jornal Económico

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Condomínio - Saiba como reduzir a sua fatura

Vizinhos que não pagam as quotas, barulho que incomoda até de madrugada e infiltrações que se arrastam desde o andar de cima e corroem as paredes, cuja reparação ninguém sabe a quem cobrar: são algumas das queixas mais frequentes entre os milhares de reclamações que chegam todos os anos à Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO). A pensar nisso, a entidade lançou a plataforma condominiodeco.pt, que disponibiliza informação atualizada em vários suportes. É o caso, por exemplo, de minutas, convocatórias, legislação e informação sobre o cálculo de quotas e obrigações legais dos condóminos, comparadores de preços e simuladores para cada cenário personalizado. 

“Este portal inclui ainda uma plataforma de gestão que centraliza documentos e simplifica o trabalho do administrador, pois permite conferir com rigor e transparência as contas e a gestão do prédio. Após a subscrição, a plataforma estará aberta quer ao administrador quer aos condóminos que pretendam saber, em tempo real, o estado das contas do condomínio”, salienta a entidade. 

Mas nem todos podem aderir a esta plataforma. Não precisa de ser associado da DECO, mas a adesão só pode ser feita por condomínios, não por pessoas individuais. Já a quota mensal de adesão é calculada em função do número de frações do edifício. 

Alternativas possíveis Apesar de não haver soluções milagrosas, viver em condomínio não tem de ser um martírio. Há algumas opções que podem facilitar a convivência. Contratar uma empresa poderá ser uma alternativa. Mas deve ter cuidados redobrados no momento da seleção. De acordo com a associação, é frequente existirem queixas referentes a más práticas de empresas de administração de condomínio. “A má notícia é que nada protege os clientes insatisfeitos, pois até à data não foi criada qualquer entidade reguladora para este mercado, nem tão-pouco qualquer legislação que controle o acesso à profissão”, alerta a DECO. 

A falta de manutenção dos edifícios, contas que não são prestadas aos condóminos ou que não batem certo com os documentos apresentados, incompetência na regularização de questões administrativas do edifício e incumprimento de prazos na marcação de assembleias-gerais são, de acordo com a associação, algumas das queixas mais frequentes contra estas empresas. Mas nem tudo são más notícias. Há casos em que a escolha recaiu bem e “a contratação deste tipo de empresas resolveu na perfeição a falta de disponibilidade dos proprietários para assumirem a gestão das contas do prédio”, acrescenta a associação. 

O certo é que a gestão e a administração de um condomínio são muito semelhantes à gestão de uma pequena empresa e, com a aproximação do mês de janeiro, começam a planear-se os temas para discutir na assembleia de condóminos: eleger a nova administração, aprovar as contas, planificar o orçamento para o novo ano. Todos os euros contam, desde o contrato do elevador, passando pela escolha da conta bancária, até ao seguro multirriscos mais adequado, uma vez que todas as decisões pesam no orçamento. Geri-lo da forma mais eficiente pode representar uma verdadeira poupança mensal. 

Fazer uma boa escolha torna-se imperativo. O ideal é reduzir os encargos tanto quanto possível para que a quotização a pagar por cada morador reflita esse esforço de poupança e permita precaver despesas extraordinárias. É o caso, por exemplo, de custos judiciais, caso o prédio tenha de mover uma ação contra o construtor do edifício ou contra um condómino que se recuse a pagar a sua mensalidade. Há ainda o fundo comum de reserva, que a lei impõe e serve para financiar obras de manutenção. 

Truques Na maior parte dos casos é criado um fundo para o condomínio fazer face às mais variadas despesas. Nestas situações é necessário escolher uma conta à ordem. Mas também aqui deve ter cuidados redobrados, uma vez que optar pela conta errada pode fazer o condomínio perder mais de 100 euros anuais em custos bancários. 

Também a conta-poupança-condomínio nem sempre é a melhor solução: não apresenta benefícios fiscais e tem remunerações baixas. Além disso, não se esqueça que, por lei, o dinheiro aplicado nestes produtos só pode ser mobilizado para fazer obras nas partes comuns dos prédios. E nem tudo pode ser feito – só o que implica trabalhos de manutenção, de emergência ou de beneficiação. Por isso mesmo, se não é previsível que o edifício venha a ser sujeito a qualquer obra nos tempos mais próximos, é preferível levantar todo o capital e reinvesti-lo num produto mais rentável.

Trocar o seguro individual por uma apólice para todo o condomínio poderá representar uma verdadeira poupança na fatura. Mas a verdade é que o prémio pode ser sujeito a descontos ou agravamentos em função das características do imóvel, dos meios de prevenção e proteção ou da sinistralidade. E a maioria das seguradoras aumenta o preço à medida que a idade do imóvel avança. 

Mas não se esqueça que o seguro multirriscos-condomínio contempla apenas as paredes, ou seja, cada morador deve subscrever uma apólice individual para proteger o recheio da sua fração.
Fonte: iOnline

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Taxas Euribor a 6, 9 e 12 meses caem para mínimos de sempre

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,215%, menos 0,001 pontos percentuais do que na véspera e um novo mínimo de sempre.

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, desceu hoje para -0,312%, menos 0,001 pontos do que na quarta-feira e depois de ter descido para o actual mínimo de sempre de -0,313% pela primeira vez em 19 de Outubro.

No prazo de nove meses, a Euribor recuou hoje para -0,135%, novo mínimo de sempre e menos 0,002 pontos percentuais do que na véspera.

Depois de ter sido fixada em valores negativos entre 27 de Novembro e 3 de Dezembro de 2015, a Euribor a nove meses voltou para níveis abaixo de zero em 7 de Janeiro deste ano, nos quais se tem mantido desde então.

Com a mesma tendência, a 12 meses, a Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 5 de Fevereiro deste ano, também caiu hoje para -0,075%, novo mínimo de sempre e menos 0,002 pontos percentuais do que na véspera.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
 
Fonte: Diário Imobiliário

Prédios de habitação detidos pelos bancos pagam novo IMI

Os imóveis detidos pelos bancos e que passaram para a sua posse na sequência de processos de incumprimento de crédito vão pagar o Adicional ao IMI quando se destinem a habitação. A salvo do novo imposto ficam, no entanto, todos os que estão licenciados para comércio, serviços, indústria ou turismo. 

O sector financeiro tinha manifestado preocupação com o impacto do novo imposto, quando foi conhecida a sua versão inicial (com a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2017), porque, com aquele figurino, arriscavam ser dos maiores pagadores do AIMI. As alterações que foram entretanto apresentadas pelos partidos durante a discussão na especialidade do OE reduzem o impacto do imposto sobre o sector financeiro, mas não o eliminam. 

Os bancos têm milhares de imóveis que lhes foram entregues por dações em pagamento e execuções de hipotecas e têm também participações em fundos de investimento. A isto juntam ainda os que detêm para o desenvolvimento da sua atividade. Com as propostas de alteração ao AIMI que vão ser vertidas na lei do OE, aquele último grupo ficará excluído do novo imposto. Entre os imóveis que receberem por causa da de créditos em incumprimento, terão isenção os que estiverem licenciados para uma atividade económica, mas não os habitacionais. 

O modelo inicial do AIMI previa apenas isenção deste imposto para os imóveis afetos à atividade turística, agrícola ou licenciados para indústria. Todas as restantes atividades (incluindo escritórios, armazéns, supermercados ou hospitais, pior exemplo) ficavam sujeitas ao AIMI, suportando uma taxa de 0,3% na parte do valor patrimonial que ultrapassasse os 600 mil euros. 

Senhorios protestam 

Mas toda esta arquitetura inicial vai ser mudada. Para as empresas vai, assim, ser criada uma taxa de 0,4% para todos os imóveis habitacionais (que não beneficiarão de qualquer exclusão) enquanto os restantes ficarão isentos. Do lado dos particulares, a proposta do PS prevê uma taxa de 0,7% para a parte do valor global dos imóveis que excede os 600 mil euros , e de 1% para a parcela que for além de um milhão de euros. Este valor é multiplicado por dois nos casais e unidos de factos. A mudança levou ontem a Associação Lisbonense de proprietários a alertar que os impostos sobre o património vão sofrer um agravamento “que pode variar entre os 300% e os 433%”. 

“O Governo cede a lóbi dos grandes grupos económicos e lança ofensiva fiscal sem precedentes contra os proprietários e a classe média, com agravamento do ‘imposto Mortágua’”, acusou, em comunicado, a ALP. 

Os casais com comunhão de bens podem entregar, através do Portal das Finanças, uma declaração conjunta e identificar os imóveis que são bens próprios de cada um dos elementos e os que são comuns ao casal. Esta declaração pode ser submetida entre 1 de abril e 31 de maio. Na sua ausência, o AIMI incidirá sobre a soma dos valores dos prédios que já constava na matriz c como sendo de cada um. 

Outra das mudanças que o PS propõe ao AIMI é a aplicação de uma taxa agravada de 7,5% que incide sobre os imóveis de empresas registadas em paraísos fiscais. Esta é semelhante à do Imposto do Selo sobre prédios de luxo, que o novo imposto vem substituir. 

Apesar do longo período de negociações, as mudanças no AIMI deram, ainda assim , origem a duas propostas – uma do PS outra do PCP – que defendem regimes de progressividade diferentes. Confrontado com esta situação, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou que a proposta do PS traduz no essencial a evolução a que foi possível chegar e “a progressividade que entendemos ser suficiente”. 

Tabelas de retenção não mudam em 2017 

As mudanças na sobretaxa do IRS não vão implicar novas tabelas de retenção na fonte em 2017. As empresas e serviços públicos e as entidades que pagam pensões aplicarão as taxas que estão a usar este ano, mas terão de ter em atenção o valor de rendimento de cada trabalhador/pensionista para saberem o momento em que deixam de fazer este desconto. 

Em causa estão os trabalhadores e reformados cujo rendimento coletável anual oscila entre os 20.261 e os 40.522 euros, que deixam de fazer retenção na fonte em julho de 2017. Já os que recebem acima de 40.522 euros coletáveis anuais vão continuar a pagar a sobretaxa até novembro. 

Esta nova calendarização da sobretaxa difere da proposta inicial do OE sobretudo no que diz respeito aos contribuintes que estão no 4º escalão de rendimentos: em vez de deixarem de fazer retenção em setembro, apenas ficam livres em dezembro porque a sua sobretaxa vai, afinal, ser de 2,75% , em vez de 2,25%. O 2º escalão deixa de pagar em janeiro.
 
Fonte: Dinheiro Vivo

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Euribor mais baratas a nove e a 12 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de abril de 2015, manteve-se hoje em -0,312%, depois de ter descido para o atual mínimo de sempre de -0,313% pela primeira vez em 19 de outubro. 

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de novembro de 2015, manteve-se hoje em -0,211%, depois de ter descido pela primeira vez para o atual mínimo de sempre, de -0,213%, em 27 de outubro. 

A Euribor a nove meses bateu hoje mínimos ao cair para -0,133%, menos 0,002 pontos percentuais do que na segunda-feira, o mesmo mínimo de sempre que já tinha sido registado pela primeira vez em 13 de outubro. 

Depois de ter sido fixada em valores negativos entre 27 de novembro e 3 de dezembro de 2015, a Euribor a nove meses voltou para níveis abaixo de zero em 7 de janeiro deste ano, nos quais se tem mantido desde então. 

A 12 meses, a Euribor desceu para -0,071%, menos 0,001 pontos percentuais do que na véspera e depois de ter descido em 21 de outubro para o atual mínimo de sempre, de -0,074%. Esta taxa desceu a valores abaixo de zero pela primeira vez em 5 de fevereiro deste ano. 

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário
 
Fonte: Noticias ao Minuto