segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Sabe o que é a TAEG do seu empréstimo (e o MTIC)?

taxes 
Já toda a gente tropeçou, num momento de contratar um empréstimo, nesta sigla TAEG.

O que é e o que significa TAEG?

A TAEG – taxa anual de encargos efetiva global – mede o custo do empréstimo para o cliente, por ano, em percentagem do montante emprestado.

Num empréstimo de 12 mil euros com 10,47% de TAEG, quanto pago a mais?

Paga a mais 1.256,4 euros. Isto porque soma os custos inerentes ao empréstimo. Portanto pede emprestado 12.000 euros, a um prazo de 5 anos/60 meses, com uma taxa de juro anual nominal de 8%. Paga comissões iniciais de 200 euros (acresce imposto de selo) e comissões mensais de 1,5 euros (acresce imposto de selo). Isto significa que paga acima dos 12.000 mais 10,47% disso, ou seja 1.256,4 euros, e ainda o imposto de selo.

A TAEG é a única coisa que paga a mais do que pediu emprestado?

Não. A TAEG significa que, além de reembolsar o montante de 12.000 euros que pediu emprestado, o cliente terá de pagar em custos associados ao crédito, por ano, o equivalente a 10,47% do montante do empréstimo. Mas não inclui os valores a pagar caso o cliente não cumpra obrigações previstas no contrato; as comissões de reembolso antecipado do empréstimo; e os custos notariais.

O que inclui ao certo a TAEG?

O cálculo da TAEG inclui, os juros; as comissões; as despesas, nomeadamente com impostos e com os emolumentos relativos ao registo da hipoteca, no caso de se tratar de um crédito com garantia hipotecária; os seguros exigidos para obtenção do crédito; a comissão de manutenção de conta à ordem, cuja abertura seja obrigatória para a gestão do empréstimo; a remuneração do intermediário de crédito, caso essa remuneração seja paga pelo consumidor, o que sucede quando recorre a um intermediário de crédito não vinculado; outros encargos associados ao contrato de crédito.

Para que serve a TAEG?

A TAEG pode ser usada para comparar propostas de crédito. Para propostas de crédito com o mesmo montante, prazo e modalidade de reembolso, a proposta com TAEG mais baixa é a mais barata para o cliente.

A TAEG e ainda o MTIC são duas medidas do custo do crédito e devem ser utilizadas para comparar diferentes propostas de crédito.

O que é o MTIC? 

MTIC é a sigla de “montante total imputado ao consumidor”. O MTIC corresponde ao montante total que o cliente terá de pagar à instituição durante todo o período do empréstimo. No mesmo exemplo acima referido (empréstimo de 12 mil euros a 5 anos), se a TAEG são 10,47%, o MTIC que paga ao longo da vida do empréstimo soma 15.191,12 euros.

Resulta da soma do montante total do empréstimo com os custos do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos). Inclui por exemplo o que paga todos os meses em seguro de vida, de seguro multirriscos, de anuidades de cartões.

Mas nos empréstimos contratados a taxa de juro variável ou mista, o MTIC é apenas indicativo. O MTIC é o valor absoluto do que custa todo o empréstimo, enquanto a TAEG é a uma taxa.

Qual a diferença entre TAEG e MTIC?

Taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) é o custo total do crédito expresso em percentagem anual do montante do crédito, e inclui juros + comissões + despesas + impostos + seguros

Já o montante total imputado ao consumidor (MTIC) é o valor total dos pagamentos a efetuar pelo cliente no âmbito do contrato de crédito. Inclui montante do empréstimo + total de custos (juros + comissões + despesas + impostos + seguros).

Qual a diferença entre a TAEG e a TAN?

A TAEG distingue-se da TAN, a taxa anual nominal, por contabilizar, além dos juros dos empréstimos (expressos pela TAN), todos os outros encargos que o cliente terá de pagar pelo crédito.

Onde é indicada a TAEG?
A TAEG do crédito é indicada na informação pré-contratual que é fornecida ao cliente – ou seja: na FIN – ficha de informação normalizada, no caso do crédito aos consumidores, na secção “custo do crédito”; na FINE – ficha de informação normalizada europeia, no caso do crédito à habitação e de outros créditos garantidos por hipoteca, na secção “taxa de juro e outros custos”.

Corrida à compra de casa duplica pedidos de certificação energética

ADENE
Entre 2015 e 2017 os certificados emitidos pela Agência para a Energia para habitação dispararam. Reabilitação urbana cresce a um ritmo mais elevado do que a construção nova e é o grande motor do setor
O número de certificados energéticos na habitação tem crescido fortemente nos últimos anos, à boleia da forte procura do mercado imobiliário e de preços elevados que "convidam" os proprietários a vender. Só no ano passado, a Agência para a Energia (ADENE) emitiu 30 146 certificações no âmbito de construção nova ou requalificação, mais 16 588 do que em 2015. O volume de pedidos por reabilitação urbana mais do que triplicou nestes dois anos.
Desde 2009 que os certificados são obrigatórios para a celebração de um contrato de compra e venda - para casas usadas e novas - ou para o arrendamento de um imóvel. Mais de cinco milhões de casas ainda não têm este documento. No entanto, com a procura imobiliária a crescer a um ritmo apenas semelhante ao de 2008, o número de pedidos ganhou novo impulso. "Assistimos nos últimos três anos a uma dinâmica sustentada quer em grandes intervenções quer na criação de novo edificado em Portugal", explica Manuel Bóia, administrador da Agência para a Energia, a entidade que nos últimos dez anos fez sair cerca de 1,4 milhões de selos energéticos.
Em 2015, esta entidade emitiu 13 558 certificados, um número que subiu para pouco mais de 20 mil em 2016. No ano passado, entre imobiliário novo e reabilitado, foram atribuídos outros 30 146 documentos (mais 50%).
"Os edifícios novos continuam a predominar face aos edifícios reabilitados. A proporção de crescimento que verificamos em relação à emissão de certificados energéticos para os edifícios novos e o edificado reabilitado tem variado numa proporção de 80% - 20%", refere o administrador da Agência para a Energia, numa análise aos últimos dois anos.
Isto é, os edifícios novos são os que respondem pelo maior número de certificados: em 2016, contaram-se 16 mil certificados para imóveis de nova construção, mais 39% do que um ano antes; e em 2017 criaram-se outros 23 646 (+47,8%).
No entanto, são os certificados por reabilitação - emitidos sempre que um imóvel é alvo de uma intervenção superior a 25% do seu valor - os que avançam mais rapidamente, atestando o maior dinamismo deste segmento do imobiliário, especialmente nas grandes cidades. Entre 2015 e 2017 mais do que triplicaram.
Em 2016, foram emitidos 4062 certificados energéticos, número que traduz um aumento de 97,4%, e em 2017 o número de certificações novas chegou a 6500 casas reabilitadas, mais 60% do que um ano antes.
De facto, a reabilitação urbana tem sido a tábua de salvação para o setor da construção. Depois de uma queda abrupta durante os anos da crise, a reabilitação de edifícios, especialmente de Lisboa e Porto, ajudou a criar, em 2017, mais do dobro dos postos de trabalho do ano anterior. Ou seja, o número de trabalhadores passou de seis mil para 15 mil, segundo as contas do Sindicato da Construção.
Albano Ribeiro, presidente do sindicato, admite que os últimos meses de recuperação são insuficientes para apagar heranças antigas: há sete anos, com a construção em rutura, mais de 200 mil trabalhadores deixaram o país em busca de emprego e melhores salários. Como "75% da atividade é trabalho precário", a escassez de mão-de-obra ameaça o crescimento.
A associação da construção também dá o alerta: faltam 70 mil trabalhadores e é fundamental que se aperte o cerco à regulação onde a clandestinidade ainda impera.
Fonte: Diário de Noticias

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Em Portugal, só um em cada quatro arrenda casa

imobiliario
O preço das casas não para de subir, mas mesmo assim a compra continua a ser a grande opção dos portugueses. Com os juros baixos, e a torneira do crédito novamente a jorrar, procurar casa para viver é, para a maioria, em Portugal, sinónimo de comprá-la. Apenas um em cada quatro portugueses escolhe o arrendamento. E os preços mais elevados para aquisição parece não terem grande influência nas decisões: entre 2010 e 2015 a percentagem de arrendatários apenas cresceu 0,4%, mostra um estudo da RentCafé.

A compra de casa em vez de arrendar está longe de ser uma característica apenas portuguesa. Nos países do Sul da Europa, o arrendamento tem fraca adesão. Em Espanha, só 21% arrendam habitação, na Grécia são 24,9% e, em Itália, a percentagem não vai além dos 27,1%. Na Suécia e na Noruega, ser dono da casa onde se mora também é a escolha da grande maioria, mas o arrendamento, ainda assim, é opção de cerca de 30% da população.

"Em 29 de 30 países analisados, a maioria dos habitantes são proprietários", refere este estudo, onde a Suíça é a grande exceção: mais de metade da população vive em casa arrendada. São 56,6%, depois de um aumento de 1,8%, e de uma redução de 0,33% na população. Os preços do arrendamento na Suíça têm subido na ordem dos 4,5% nos últimos dez anos, enquanto os preços de venda se agravaram 24,3%.

Em Portugal, o preço do arrendamento aumentou 26% no ano passado, mostram dados do portal imobiliário Imovirtual. A maior procura de casas para arrendamento verificou-se em Lisboa, Porto, Sintra, Cascais e Amadora.

A culpa para o desequilíbrio entre compra e arrendamento é, quer para proprietários quer para arrendatários, do regime do arrendamento, que não é suficientemente atrativo para que os proprietários invistam em casas para arrendar. A Associação Lisbonense de Proprietários já alertou para os milhares de casas vazias e fechadas que muitos proprietários mantêm por não verem vantagens fiscais em fazer um contrato de arrendamento.

"Cascais liderou no preço médio por metro quadrado de venda e Lisboa no arrendamento." Os concelhos mais caros para comprar casa foram Cascais (2410 euros por metro quadrado), Lisboa (1895 euros/m2), Espinho (1850 euros/m2), Albufeira (1747 euros/m2) e Loures (1650 euros/m2).

Já no preço médio para arrendamento, Lisboa ocupou o primeiro lugar, situando-se nos 14 euros por metro quadrado), seguido por Cascais (12,9 euros), Oeiras (10,4 euros), Porto (9,73 euros) e Loures (8,81 euros). Dados da APEMIP, a associação que representa as imobiliárias, mostram que cerca de 50% dos negócios concretizados se situam no intervalo de rendas entre os 300 e os 500 euros.
 
Fonte: DN Online

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Sonae Sierra e Armórica criam parceria para a compra do Serra Shopping

Serra Shopping
Sonae Sierra criou uma parceria com a Armórica – empresa espanhola dedicada ao investimento em ativos imobiliários não residenciais – para a aquisição do Serra Shopping, na Covilhã, que é parcialmente detido pelo Sierra Portugal Fund. A Armórica vai deter uma participação maioritária no ativo, ainda que o centro comercial continue a ser gerido pela Sonae Sierra.
Estamos muito satisfeitos com a concretização desta parceria, que resulta do reconhecimento pelo mercado da qualidade dos nossos ativos e da confiança deste importante parceiro investidor”, revela Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, em comunicado.
Por sua vez, Johannes Sleumer, chairman da Armórica, refere que a aquisição do Serra Shopping insere-se na estratégia expansionista da empresa, “que passa por adquirir ativos de reconhecida qualidade e alinhados com o seu modelo de investimento”.
“A parceria com a Sonae Sierra demonstra a relevância da Armórica no panorama imobiliário da Península Ibérica e reafirma o seu compromisso de continuar a crescer com base em relações sustentáveis e de longo prazo”, acrescenta o responsável.
O Serra Shopping, localizado na Covilhã, foi inaugurado em novembro de 2005 e tem atualmente 75 lojas distribuídas por uma área superior a 17 mil metros quadrados. 

Fonte: Idealista News

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Bancos emprestaram 819 milhões em dezembro para a compra de casa: mais só antes da Troika

Gtres 
Os bancos abriram, definitivamente, a torneira do crédito à habitação. Só em dezembro emprestaram 819 milhões de euros para a compra de casa. Desde dezembro de 2010 – meses antes da Troika chegar ao país – que o valor não era tão elevado. Em termos anuais, em 2017 face a 2016, o valor concedido pelos bancos para a compra de casa disparou 43%.
“As novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram 819 milhões (máximo desde dezembro de 2010), 401 milhões e 183 milhões de euros, respetivamente”, anunciou o Banco de Portugal. 
O ECO, baseando-se em dados do banco central, vai mais longe nos números, adiantando que no ano passado foram disponibilizados 8.260 milhões de euros em crédito à habitação, mais 43% que os 5.790 milhões de euros disponibilizados em 2016. 
fonte: Idealista News

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Dicas de poupança: siglas que o podem fazer poupar milhares de euros

Resultado de imagem para creditoDa próxima vez que for a um banco ou uma financeira pedir um crédito para uma casa, um carro, obras ou seja para o que for tenha em atenção estas duas siglas. São as siglas que o vão ajudar a poupar muito dinheiro, eventualmente muitas dezenas de milhares de euros, se o valor do empréstimo for elevado

As siglas são TAEG e MTIC. Comecemos pela “tradução”: TAEG significa Taxa Anual Efetiva Global; MTIC quer dizer Montante Total Imputado ao Consumidor.
Para começar, esqueça o spread. O spread já foi um critério de escolha entre propostas de bancos. Quando pedi o meu crédito para a casa, foi com base no spread que escolhi. Sabia lá eu o que era a TAER (era assim que se chamava na altura, se é que existia em 2007). Só quis saber do spread e esqueci-me de comparar o que pago todos os meses em seguro de vida, seguro multirriscos, anuidades de cartões, etc, etc. Em muitos casos dão de um lado e tiram do outro. O spread baixo pode sair mais caro ao fim do ano do que um spread um pouco mais alto mas com menos serviços associados.
Agora, desde 1 de janeiro, o Banco de Portugal obriga todos os bancos e financeiras a entregar ao potencial cliente a FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia) com esses valores todos juntos, numa taxa total em percentagem e em montante total. Esta informação é preciosíssima para os consumidores.
Finalmente, é possível comparar os mesmos montantes e os mesmos prazos e condições e saber quem está a levar mais e quem está a levar menos, independentemente do spread proposto. Basta saber que linhas procurar na tal FINE.

COMPARAR SEMPRE

Ao receber a FINE de 3, 4 ou 5 bancos (os que consultar) vai ser mais fácil comparar exatamente o que lhe estão a “oferecer” em relação ao seu crédito.
O cliente deve receber uma FINE quando faz a simulação do empréstimo, tendo por base a informação por si prestada à instituição, e, posteriormente, outra aquando da comunicação da aprovação do contrato de crédito, refletindo as características do empréstimo efetivamente aprovado pela instituição. Portanto, não assuma que não precisa de ler a segunda FINE. Pode ser diferente daquela que o convenceu a optar por aquele banco.

O QUE DEVE PROCURAR NA FINE?

Na Ficha de Informação Normalizada Europeia vai encontrar os seguintes dados:
- A taxa anual de encargos efetiva global (TAEG);
- A taxa anual nominal (TAN) aplicável ao empréstimo de acordo com o tipo de taxa de juro (taxa fixa, variável ou mista);
- Comissões, despesas, seguros exigidos e outros custos;
- O montante do empréstimo e o montante total a reembolsar (MTIC);
- A periodicidade e o montante das prestações;
- A informação sobre os produtos e serviços financeiros contratados como vendas associadas facultativas, se aplicável.
Quer o crédito ao consumo, quer o crédito à habitação passam a ser definidos pela TAEG. É muito importante que fixe isto. Com estas informações, a partir de agora (antes já era, mas a partir de agora ainda mais) já não pode dizer que não sabia. Nunca se esqueça de que quando assina um documento é porque concorda. Se assina sem ler, e depois é apanhado de surpresa, a culpa não é dos outros.
E se já tiver um crédito, como faz para saber o seu MTIC?
Boa pergunta. A FINE só é entregue quando se pede uma simulação e depois é repetida quando é formalizada a proposta “oficial” de crédito. Não é para créditos já aprovados.
Mas muito provavelmente receberam a FIN (a antiga) quando fizeram os vossos créditos. Podem é não ter olhado para ela com olhos de ver, ou só quiseram saber do spread e mais nada. O resto era tudo um mal necessário, não era? Está lá a TAER (que agora se chama TAEG). É a mesma coisa. Só não tem o MTIC. Mas podem pegar no valor do empréstimo, calcular a TAER, multiplicar o valor anual dos juros pelos anos que tem o empréstimo, somar tudo ao valor emprestado e o valor que vos der será aproximado ao MTIC. Digo aproximado porque entretanto as taxas de juro foram sendo alteradas ao longo do tempo, bem como as anuidades dos cartões e comissões, os seguros de vida e o multirriscos.
A FINE é só para novos contratos. Mas entretanto podemos fazer uma coisa para não sermos apanhados desprevenidos no futuro. A minha forma de ter a “FINE” agora foi pedir à minha gestora de conta que me enviasse por e-mail o meu plano de pagamentos de juros, amortização e seguro de vida (mês a mês) até ao fim do meu contrato. Foi esse documento que me assustou e que me levou a fazer muitas das reportagens que já conhecem no Contas-poupança.
O meu caso é dramático. A dada altura vou estar a pagar quase 800 euros por mês, até aos 82 anos. A minha batalha é descobrir todos os truques possíveis para baixar essa conta nos próximos 20 anos, antes de me reformar. Nem quero acreditar no contrato que assinei, e ainda hoje não acredito que o banco também aceitou. Acho que a loucura naqueles anos era coletiva.
Em resumo, se ficou curioso por saber a sua situação, peça o tal plano de pagamentos com os valores de hoje. Já me disseram que há bancos que cobram por este documento. Na CGD não paguei nada e foram rápidos. E assuste-se ou fique descansado, confirme o que vir nesse documento.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Mais de 80% das casas vendem-se em menos de seis meses

Imobiliário 
O setor imobiliário está ao rubro, com o aumento dos preços e do número de transações, mas também da aceleração do tempo de venda. Mais de 80% dos imóveis já levam menos de seis meses até serem vendidos.

A conclusão surge nos dados divulgados no barómetro Imobiliário da APEMIP, relativo ao mês de dezembro, permitindo atestar a forte dinâmica do mercado imobiliário. “É absolutamente fabuloso assistir a esta dinâmica, sobretudo quando comparada com aquela que existia há cerca de dois/ três anos, em que os ativos em carteira levavam até dois anos a ser transacionados”, explica o Luís Lima, Presidente da APEMIP.

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Mas mais de um terço das vendas são concretizadas num ritmo ainda mais acelerado. De acordo com este barómetro da associação das imobiliárias, 37,78% das transacções acontecem num período inferior a três meses. Apenas 4,44% dos imóveis necessitam de mais de 12 meses para serem vendidos, revela ainda esta estudo que tem por base um inquérito realizado junto de empresas imobiliárias e o cruzamento com dados de entidades públicas e privadas.

O levantamento da APEMIP permite concluir ainda que cerca de 55,6% das vendas realizadas foi de imóveis com preços até 175 mil euros, valores que, nas palavras do representante das imobiliárias “espelham o grosso das vendas feitas no mercado doméstico”.

Já no que diz respeito às tipologias mais vendidas, mais de metade (61%) recaiu sobre T1 e T2, seguindo-se os T3 no topo das preferências dos portugueses com 31% das transações efetuadas.

Fonte: Eco.pt

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

BdP pretende acesso ao crédito de forma consciente e cria três limites nos empréstimos da casa e ao consumo



Gtres
O Banco de Portugal (BdP) está preocupado com as facilidades de acesso ao crédito. Decidiu, por isso, recomendar aos bancos a imposição de limites a alguns dos critérios utilizados na avaliação de solvabilidade dos clientes. Em causa estão três medidas preventivas a aplicar aos novos contratos de crédito à habitação, créditos com garantia hipotecária e ao consumo. 
A primeira medida diz respeito ao rácio entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel dado em garantia (LTV). Assim, o montante concedido em créditos para habitação própria e permanente não pode ultrapassar 90% do valor da casa. No caso de créditos com outras finalidades este valor desce para 80% e em créditos para aquisição de imóveis detidos pelas instituições e contratos de locação financeira imobiliária sobe para 100%.
O BdP também definiu limites para a taxa de esforço, isto é, para os encargos que os consumidores podem assumir com os empréstimos. O objetivo é que as famílias não assumam encargos superiores a 50% do seu rendimento líquido mensal  (DSTI – debt service-to-income). Mas há exceções. Até 20% do montante total de créditos concedidos por cada instituição, em cada ano, pode ser concedido a mutuários com DSTI até 60%. Até 5% do montante total de créditos concedidos por cada instituição, em cada ano, pode ainda ultrapassar os limites previstos ao DSTI.
O terceiro limite diz respeito à maturidade original dos empréstimos. No caso do crédito à habitação, o regulador quer a sua “redução gradual” de 40 para 30 anos em 2022. Atualmente, as instituições de crédito podem conceder empréstimos com um prazo de 40 anos, ainda que a média seja de 33 anos. No caso do crédito ao consumo, o limite é de 10 anos para a maturidade dos novos contratos.

Objetivo das medidas? Prevenir riscos

“Esta medida macroprudencial é aplicável aos contratos celebrados a partir de 1 de julho de 2018 e abrange todas as instituições de crédito e sociedades financeiras, com sede ou sucursal em território nacional, autorizadas a conceder este tipo de crédito em Portugal”, referiu o regulador, em comunicado.
“Num contexto propício à redução adicional do grau de restritividade dos critérios de concessão de crédito, caraterizado por taxas de juro em níveis historicamente baixos, recuperação económica e subida nos preços do imobiliário, o BdP procura garantir com esta medida que as instituições de crédito e as sociedades financeiras não assumem riscos excessivos na concessão de novo crédito e que os mutuários têm acesso a financiamento sustentável”, explicou a entidade liderada por Carlos Costa.
Fonte: Idealista News