quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Banca vai beneficiar de um mercado imobiliário mais forte em Portugal

imobiliario
Num relatório sobre o estado do mercado imobiliário nacional, a empresa salienta que os "rácios de NPL ['non performing loans', ou seja, o crédito malparado] dos bancos portugueses irão continuar a melhorar enquanto os preços das casas prosseguem a subir e a economia está a fortalecer-se, ainda que a um ritmo mais moderado".

A Moody's refere que "o crescimento económico, maior recuperação de créditos, amortizações e venda de alguns NPL" causou um decréscimo na acumulação de 'stocks' destes créditos problemáticos no balanço dos bancos portugueses, verificado em 2017 a na primeira metade de 2018 "de forma substancial".

Apesar disso, os rácios de NPL em Portugal (de 12,4% no final de junho de 2018) continuam acima da média de 4% da União Europeia, relembra a Moody's. A agência aponta ao dedo aos créditos às empresas, com um rácio de 22,3% de NPL no fim deste ano, face ao crédito à habitação, que está com 4,9% de incumprimento.

Ainda assim, os níveis de crédito à habitação só subiram "ligeiramente" na banca, segundo a agência, apesar do aumento dos preços e das baixas taxas de juros.

A Moody's espera que nos próximos 12 a 18 meses os preços das casas continuem a aumentar e considera que isso é positivo para os agentes do setor. No entanto, a agência alerta para uma "aceleração acentuada" dos preços em certas áreas, nomeadamente em Lisboa e algumas zonas do Porto "sobretudo se não houver uma correspondência entre os níveis de rendimento e a inflação dos preços".

A empresa avisa que o mercado pode ficar "desequilibrado" se os compradores "tiverem expectativas pouco realistas do aumento dos preços nestes distritos".

Para a agência, o aumento dos preços é positivo também para o mercado de obrigações hipotecárias e para os títulos garantidos por hipotecas residenciais (RMBS em inglês). À imagem do que acontece com os NPL, ficam assim limitadas as perdas nos empréstimos em caso de incumprimento dos devedores, porque o valor das propriedades que são depois vendidas chega para cobrir uma grande parte do dinheiro perdido.

A redução do desemprego também ajuda a manter o mercado imobiliário em valores elevados, com melhores condições financeiras de quem pede empréstimos, segundo a Moody's.

A agência prevê uma taxa de desemprego de 6,6% no final de 2018 e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% a 2% nos próximos dois a três anos.
 
Fonte: Jornal de Notícias

Atenção, jovens. Arrancou deia 12 de Dezembro o prazo de candidaturas para o Porta 65

porta 65

O período de candidaturas ao programa Porta 65 arrancou esta quarta-feira, às 10h00 e estará em curso até às 18h00 do dia 7 de janeiro do próximo ano, de acordo com informação disponibilizada pelo Portal da Habitação. 

Este programa estipula valores máximos para as rendas pagas pelos beneficiários. Em Lisboa, por exemplo, o valor máximo cobrado para os apartamentos de tipologia T0 e T1 é de 568 euros. Já na região do grande Porto, o montante máximo é de 457 euros. 

Entre outros objetivos, este programa visa estimular "estilos de vida mais autónomos por parte de jovens sozinhos, em família ou em coabitação jovem, a reabilitação de áreas urbanas degradadas, a dinamização do mercado de arrendamento", de acordo com o portal.

Antes das candidaturas serem formalizadas, os candidatos devem confirmar se a morada de residência registada nas Finanças é a mesma da casa arrendada, já ter a declaração de IRS relativa ao ano anterior a que diz respeito a candidatura entregue nas Finanças, ter senha de acesso para entrega das declarações electrónicas e, ainda, ter e-mail pessoal.

Fonte: Noticias ao Minuto

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Juros para compra de casa caem para metade desde 2015











juros 
Nunca foi tão barato pedir um crédito para comprar casa. Portugal é mesmo um dos países do euro em que os juros dos novos empréstimos à habitação são mais baixos. E desde o início de 2015, ano em que os spreads aplicados pelos bancos começaram a baixar, a taxa dos novos financiamentos caiu para metade.

Em média os bancos cobram 1,34% pelo novo crédito, segundo os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE), relativos a outubro. No início de 2015, altura em que os spreads aplicados no crédito à habitação começaram a baixar, o juro era de 2,78%.

Além da descida da margem de lucro dos bancos também a queda das taxas Euribor levou a que os juros no crédito encolhessem para mínimos. E como em Portugal a taxa variável continua a ser predominante, isso ajudou a que o custo do crédito à habitação seja dos mais baixos na zona euro. Apenas a Finlândia tem juros mais baixos, com uma taxa de 0,89%. A média do euro é de 1,80% e em Espanha o juro inicial do novo crédito é de quase 2%.

Apesar de ser cada vez mais barato pedir crédito, o Banco de Portugal (BdP) mostrou preocupação sobre os spreads aplicados pelos bancos serem cada vez mais baixos.

“A restritividade de outras condições, como os spreads, permaneceu inalterada ou foi sinalizada como em diminuição, devido às pressões concorrenciais no mercado de crédito”, observou o supervisor liderado por Carlos Costa no último Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado este mês.

O BdP observou que desde junho de 2015 a margem dos bancos na diferença entre os juros que cobram no crédito e os que pagam pelos depósitos é mais baixa que a média europeia. E avisou que os preços dos ativos imobiliários e “os spreads praticados no crédito à habitação e às empresas que continuam a diminuir” são as exceções no que diz respeito à “acumulação de risco sistémico cíclico”. Os baixos spreads podem ser um risco para a estabilidade financeira já que afetam a rentabilidade dos bancos numa altura em que o setor ainda está a tentar resolver problemas que foram criados durante a crise.

Para conseguirem bater a concorrência os bancos têm esmagado as margens de lucro que cobram no crédito à habitação. São, de acordo com os preçários mais recentes, de entre 1% e 1,5%. No ano passado, o spread médio era de 1,74%, segundo os dados mais recentes do BdP. No início de 2015 era frequente exigirem-se margens acima de 3%.

Além de concederem crédito mais barato, os bancos estão também a aumentar o volume das operações. Nos primeiros nove meses do ano emprestaram quase 7,3 mil milhões de euros, o valor mais alto desde 2010. Houve um aumento de 1,3 mil milhões em relação ao mesmo período do ano passado. E face a 2015 o crédito concedido mais que duplicou.

Essa aceleração levou o BdP a fazer uma recomendação aos bancos para cumprirem alguns limites antes de concederem novo crédito à habitação. Desde que essa medida entrou em vigor, no início do passado mês de julho, o ritmo dos novos empréstimos registou algum abrandamento.

Fonte: Dinheiro Vivo