terça-feira, 29 de setembro de 2015

IMI: "Portugueses estão a pagar 1,2 milhões de euros a mais", diz bastonário da OTOC


Aplaudindo a criação do coeficiente de localização na avaliação de imóveis, o bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) acusa, porém, o Governo de estar a cobrar IMI a mais e de não rever em baixa os custos da construção que contam para o valor dos impostos finais, estando assim a penalizar os proprietários. Queres saber o que tem mais a dizer este especialista em impostos sobre a área do imobiliário? Aqui tens a primeira parte da entrevista de Domingues de Azevedo ao idealista/news.
O novo mecanismo de avaliação dos imóveis para efeitos de IMI e IMT tem sido alvo de muitas críticas por parte dos proprietários. Qual é a sua visão enquanto bastonário da OTOC?
O novo código tem aspetos discutíveis e que, em alguns casos, penalizam os sujeitos passivos, mas tem um fator que é efetivamente mais favorável: o coeficiente de localização. 
Afinal um mesmo prédio numa rua de Vila Real tem um valor diferente de numa rua de Lisboa e com um coeficiente de localização é feita essa correção, com base em critérios objetivos. Isto é muito mais positivo do que o sistema que tínhamos antes baseado nas chamadas comissões de cada concelho, que faziam as avaliações dos imóveis in loco atribuindo depois um valor.
Era muito mais suscetível de pressões uma comissão constituída por pessoas do que é o atual sistema, que é automático e assenta em critérios objetivos como fatores de localização, de área, etc. 
Quais são os pontos discutíveis do novo sistema, a seu ver?
Uma das grandes deficiências que continua no código das avaliações tem a ver com a "tradição" de aumentar o valor patrimonial em momentos de grande procura no imobiliário, mas de não acompanhar depois as oscilações de preço dos imóveis no mercado, sobretudo as descendentes.
Temos um sistema de avaliação de prédios que está desatualizado. Foi concebido num momento de grande aquecimento da economia que não foi depois devidamente ajustado no momento da crise financeira, mantendo-se os valores irreais atribuídos aos prédios que hoje não têm.
O que está em causa é o valor atribuído por metro quadrado de construção numa momento de alta da economia e hoje a realidade dos custos da construção é outra, bem menor. 
Quais as consequências práticas deste desajustamento para os proprietários?
Isto faz com que os impostos pagos pelos titulares dos prédios estejam desfasados da realidade, porque os valores das avaliações não correspondem aos valores de mercado. 
Não tem havido um mecanismo que acompanhe as flutuações do mercado e o legislador devia ter a preocupação de atualizar os valores de construção, pelo menos uma vez por ano.
Qual deveria ser o valor do custo da construção por m2 a ser considerado atualmente pelas Finanças?
Neste momento, está nos 625 euros por m2 e qualquer valor acima de 500 euros já seria considerado elevado. Ou seja, por cada m2, os proprietários estão a pagar mais 125 euros de valor patrimonial, que serve depois para determinar o valor do imposto final. Isto é uma diferença significativa.
E esta questão é ainda mais grave do que o simples valor, porque tem a ver com a base de direito em que assentam estas questões. Afinal se há revisões para beneficiar o Estado, também tem de haver quando é para beneficiar o contribuinte.
Além do mais, quando alguém reclama a revisão de uma matriz esta questão não é reclamável, porque é fixada nacionalmente e assim sendo só o Governo é que pode alterar. E não houve por parte deste Governo qualquer iniciativa para corrigir esta situação. 
O que explica tantas reclamações dos contribuintes à volta do IMI este ano?
Em 2012, quando foi aprovado o novo código de avaliação dos imóveis decidiu-se que aplicava-se às inscrições que se realizassem a partir daquela data. Isto significava que todos os prédios inscritos para trás tinham sido avaliados por diferentes critérios. Mas é óbvio que isto provocava distorções no valor.
E então o legislador português, e a meu ver muito bem, criou no próprio código uma disposição que dizia que nos 10 anos seguintes todos os prédios tinham que estar avaliados ao abrigo das novas regras. O que está mal são os critérios que estiveram na base desta avaliação, porque provocam casos de verdadeira injustiça fiscal. 

Por exemplo, com o passar dos anos, os critérios e as condições dos imóveis modificaram-se muito e existem prédios hoje em ruínas que não têm as mínimas condições de habitabilidade, ou que eram antigos prédios rurais destinados a outras funcionalidades, que agora foram avaliados como prédios urbanos normais.
Como não existem visitas aos locais e os imóveis são avaliados apenas pelas matrizes e projetos das câmaras acabaram por gerar-se situações de alguma incompreensibilidade por parte das Finanças. Muitas pessoas acabaram por deparar-se com valores para pagar completamente incomportáveis e desajustados. 
E, como nos termos do nosso código, nos três anos posteriores à inscrição do prédio, os contribuintes podem reclamar os valores atribuídos às matrizes, muita gente têm-no feito e bem, a meu ver. 
O fim da cláusula da salvaguarda no IMI foi outro drama social para os donos de imóveis...
Desde a atribuição do novo valor de avaliação, criou-se uma regra de salvaguarda que é que nos dois anos seguintes à revisão o menor de um dos valores que ele representa-se ou um terço do aumento do valor até ao limite de 75 euros seria o aumento máximo face ao imposto do ano anterior.
Isto quer dizer que houve uma progressão em espiral. No primeiro ano, era a contribuição do ano anterior mais 75 euros, e no segundo ano esse valor mais 75 euros. No terceiro ano, acontecia o mesmo. Este ano o que aconteceu foi que os prédios avaliados não puderam usar mais a cláusula de salvaguarda. E, por isso, não havia limites ao aumento do imposto.
Isto quer dizer que se antes pagavam 400 euros por ano, mas com a avaliação lhes tocava pagar outros 400 euros extra, tiveram que começar a pagar logo 800 euros por ano. 
Pelo fim do prazo da cláusula de salvaguarda, todo o valor do imposto que faltava incluir do valor inicial da revisão teve que ser pago este ano.
A atribuição da isenção às famílias mais carenciadas passou a ser automática. Como vê este procedimento?
Estamos a falar de um mecanismo que funciona com a conjugação de dois fatores, casas de pouco valor patrimonial (até 65 mil euros) e de agregados familiares com poucos rendimentos baixos (até 16 mil euros), que permite beneficiar as famílias mais carenciadas e com o qual estou de acordo. 
Há quem diga que se está a pagar IMI a mais. Partilha desta opinião?
O Governo diz que não, mas na minha opinião estão a ser pagos cerca de 1,2 milhões de euros a mais. Por exemplo, eu pagava por ano 640 euros e agora pago 1.800 euros. Mais do dobro. 
Este aumento da carga fiscal pode afetar a decisão de compra de um imóvel e, consequentemente, o setor imobiliário?
Acho que não. É verdade que são valores muito elevados para muita gente, sobretudo assim de repente, mas em termos de fruição na realidade as pessoas têm que admitir que isto nem é muito, porque pagar uma renda custa muito mais que isto.
fonte: idealista news



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

IMI familiar: o que é e como se pode beneficiar?

No próximo ano, os proprietários vão poder pagar menos IMI, no caso de serem famílias com famílias. Esta possibilidade está prevista no Orçamento do Estado, mas tem que ser agora validada por cada autarquia. Queres saber qual é o desconto possível e com poderá ser atribuído?
O Dinheiro Vivo publicou um guia com o qual podes esclarecer estas e outras dúvidas.
O que é o IMI Familiar?
É um benefício fiscal que dirigido às famílias com filhos, permitindo-lhes uma redução na taxa do imposto que incide sobre o imóvel que corresponde à sua residência fiscal.
O desconto é igual para todas as famílias?
Não. A norma que consta do OE prevê que o desconto sobre a taxa do IMI possa ir até 10% quando nos agregados existe um dependente; até 15% quando existem dois; ou até 20% quando são três ou mais.
Exemplificando: uma família que habita numa casa com um valor patrimonial de 90 mil euros e em que a taxa de IMI fixada pela autarquia é de 0,3% paga de 270 euros de imposto. Mas em 2016 pagará 243 euros se tiver um filho ou 229,5 euros se tiver dois filhos.
Quantas famílias poderão beneficiar desta redução do imposto?
São 861.087 as famílias com pelo menos um dependente e que reúnem em condições para serem abrangida pelo IMI familiar. Este número resulta de um levantamento realizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira e foi transmitido aos municípios que desde o dia 15 de setembro ficaram a saber exatamente quantas famílias residem no concelho e quantas têm um, dois ou três e mais dependentes.
Todas vão ver o IMI baixar?
Não necessariamente. É que a norma criada pelo OE2015 coloca na mão de cada autarquia a decisão de aplicar ou não o IMI Familiar. E as que decidiram ou venham a decidir aderir a este benefício não são obrigadas a faze-lo para todas.
Ou seja, podem adotar a medida para os casos em que há pelo menos dois dependentes e deixar os agregados com apenas um filho de fora - já há quem o tenha feito.
Quem reside num concelho que adere ao IMI Familiar vai ter de fazer prova do número de filhos e pedir para ser contemplado?
Não. Inicialmente ainda chegou a equacionar-se que cada contribuinte teria de deslocar-se aos serviços camarários para pedir para ser contemplado pelo IMI Familiar.
Esta ideia foi entretanto posta de lado e a AT avançou com a criação de uma aplicação informática que aplica esta redução do imposto de forma automática a cada família.
Como o fisco sabe, através da declaração do IRS, quantos dependentes (com menos de 25 anos e sem rendimento) existem no agregado, tem todos os dados para fazer as contas necessárias.
Há algum sitio de consulta para ver se o municio aderiu ao IMI Familiar?
Aparentemente não. O Portal das Finanças tem disponível a taxa de IMI que anualmente é fixada por cada município (e que pode oscilar entre um mínimo de 0,3% e um máximo de 0,5%) mas não há nenhuma indicação de que vá também ter dados sobre os locais com IMI Familiar. Esta informação deverá, contudo, ser publicada no sites das autarquias.
Quando começa a ser aplicado o IMI Familiar?
Nas câmaras aderentes vai ser tido em conta na fatura do IMI que será emitida em 2016 e cuja primeira prestação é paga durante o mês de abril.
Artigo visto em 
Guia para perceber o IMI Familiar (Dinheiro Vivo)

FAÇA UMA HORTA COM OS SEUS FILHOS

Mesmo tendo um jardim, a sugestão é começar por trabalhar em vaso, plantar uma horta num espaço que permita à criança uma identificação com o seu projeto e que facilite a sua manutenção. Uma horta, mesmo pequena, pode incluir mais do que vegetais anuais. Podem plantar-se flores e plantas aromáticas, como sucede com a que pode ver nesta galeria de imagens.
Crianças entre os 8 e 12 anos poderão facilmente fazer esta experiência com autonomia e sucesso. Quanto mais novas forem, mais as crianças necessitam do envolvimento familiar em todas as fases desta tarefa. O material necessário para o efeito não é muito. Precisa apenas de vasos ou floreiras, leca, composto e plantas. Estes são os passos que deve conseguir para atingir o seu objetivo:
1. Comece por escolher um local com boa exposição solar (com um mínimo de cinco a seis horas de sol direto por dia) e protegido do vento.
2. Ao plantarmos em floreira, devemos garantir que o seu tamanho permita o bom desenvolvimento das raízes das plantas escolhidas, principalmente cenouras, beterrabas, cebolas, batatas e outras plantas em que a parte comestível se desenvolve debaixo da terra. Tenha esse fator em conta.
3. Não se esqueça que a floreira deve ser furada (quatro a cinco furos são suficientes) para permitir a saída de água em excesso.
4. Coloque no fundo da floreira uma camada de leca ou pedrinhas (cerca de cinco centímetros), de forma a facilitar a saída de água em excesso e impedir que o solo fique empapado.
5. Encha, de seguida, a floreira com um composto orgânico e rico em nutrientes.
6. Depois de escolher as espécies a plantar, há que planear a quantidade e a disposição das plantas na floreira. Para isso, temos que saber o tamanho que estas atingem depois de crescer e o espaço de que precisam para se desenvolver. As espécies hortícolas têm um ciclo de vida relativamente curto e um crescimento rápido pelo que necessitam ter nutrientes disponíveis para se alimentarem.
Veja na página seguinte: As variedades que pode plantar
As variedades que pode plantar:
- Hortícolas
Tomate, pimento, alfacecurgete, pepino, beringela, morango, meloa, melão, feijão verde, beterraba, espinafre, cebolo e cebolinho.
- Flores
Camomila, crisântemo, fúchsia, gerânio, hibisco, impatiens, tagetes, sálvia e viola.
- Plantas aromáticas
Tomilho, alecrim, manjericão, menta, orégãos, salsa e coentros.
3 dicas para plantar com êxito
1. Abra a cova de plantação, um bocadinho maior do que o tamanho do vaso da planta.
2. Retire a planta do vaso sem puxar. Deve-se inverter a posição do vaso, apoiando a planta numa mão enquanto com a outra retiramos o vaso.
3. Solte as raízes e coloque a planta na cova, aconchegando bem a terra em volta, pressionando-a com a mão.
Conselhos de manutenção:
- Retirar as ervas daninhas para que não se alimentem dos nutrientes necessários para o crescimento das plantas deve ser uma preocupação constante.
- Aplicar fertilizantes orgânicos uma vez por mês é outro dos gestos a empreender. Não utilize tratamentos químicos na horta.
- Regue sempre que necessário para manter o composto húmido.
- Nos espinafres, retire os botões de flor que forem surgindo e arranque algumas folhas exteriores para estimular o crescimento de novas folhas.
Veja na página seguinte: A colheita e a rega
Colheita:
- No caso dos espinafres, vá colhendo as folhas à medida que tenham um bom tamanho.
- A beterraba está pronta a colher quando tiver o tamanho de uma bola de golfe
- O cebolo está apto quando as folhas começam a secar. Nessa altura, já o podemos colher.
- No caso do tomilho, vá cortando à medida que é preciso para cozinhar.
Duas recomendações para uma rega eficaz
1. Regar é muito importante. O composto deve ser mantido sempre húmido, sem estar encharcado.
2. Regue a pequena horta logo depois de acabar as plantações e não se esqueça que tem que sair água pelo fundo da floreira, para ter a certeza de que todo o composto está molhado.
As (muitas) utilizações possíveis
As flores e as plantas aromáticas podem ser utilizadas em saladas, em pratos cozinhados e como decoração. A criança deve escolher espécies que goste de ver, cheirar, tocar e/ou comer. Assim será mais entusiasta em acompanhar o seu projeto. As plantas podem ser compradas nos mercados, centros de jardinagem ou em viveiros da especialidade.
Depois de dividir o espaço disponível, deixando uma zona para cada planta crescer e se desenvolver, a Teresinha, que criou uma horta em casa com a ajuda dos pais, escolheu cinco espécies diferentes.  A opção recaiu sobre tomilho limão (aromática), tagetes (flor), beterrabas (raiz), espinafres (folhas) e cebolas (bolbo).
Texto: Marta Vassalo Monteiro (engenheira agrícola)
fonte: Sapo LyfeStyle

Actualizações das rendas para 2016 já são oficiais

Como já foi noticiado, de acordo com o mesmo Aviso, o coeficiente de actualização a aplicar no próximo ano civil foi fixado em 1,0016.

Por exemplo uma renda de 1000 euros, terá no máximo um aumento de 1,60 euros e uma renda de 500 euros será de 80 cêntimos. 

Os senhorios deverão comunicar por escrito, o aumento aos inquilinos com pelo menos 30 dias de antecedência.
 
Fonte: Diário Imobiliário

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Reforma: sabes como podes preparar o teu futuro?

Um dos pontos mais quentes da campanha eleitoral é a sustentabilidade da Segurança Social. Independentemente das propostas de cada partido o que te deve interessar é pensar no porquê de tanta preocupação com este tema. A resposta é simples: o sistema de Segurança Social, tal como o conhecemos hoje, vai deixar de existir. 
Se tens entre 30 e 40 anos provavelmente receberás na idade da reforma cerca de 50-55% do último salário em idade ativa. Consegues imaginar a gestão da tua vida com metade do que recebes atualmente? Não será fácil.
Em vez de entrares em pânico, ou enterrares a cabeça na areia (como muitos portugueses), o melhor que tens a fazer é analisar soluções de preparação da reforma por conta própria.
Aqui ficam algumas sugestões para fazeres este trabalho:
1º passo: definires um montante por mês que consegues poupar
Em vez de dizeres logo que não é possível poupar, procura ter um olhar crítico e exigente sobre o teu quotidiano e vais descobrir formas de poupar. Um euro por dia já é poupar! No entanto, se quiseres uma referência mais objetiva procura respeitar a regra dos 10%. Isto é, dizem os “especialistas na matéria” que para uma vida equilibrada deves conseguir poupar mensalmente 10% do teu salário líquido. É exigente, mas é um investimento em ti próprio que será muito útil no futuro.
2º passo: diversifica os teus investimentos
É essencial perceberes qual o teu perfil de investidor: conservador, moderado ou agressivo. Conforme o teu perfil irás definir como vais investir o teu dinheiro. Uma pessoa conservadora é capaz de agarrar na poupança mensal e colocar tudo em produtos sem risco. Ao fazê-lo está a jogar pelo seguro mas também está a colocar-se numa posição em que o retorno do seu investimento é capaz de ser próximo do zero. Inclusivamente até pode vir a ter prejuízo, pois se colocar o dinheiro num produto que tem uma remuneração abaixo da inflação, o dinheiro investido não chega a superar a o valor médio da subida dos preços.
A regra de ouro é “não colocar os ovos todos no mesmo cesto”. A melhor forma de não assumir muito risco e colheres alguma rentabilidade é investires em diferentes tipos de produtos e em diferentes fases da tua vida. Por exemplo, se tens um PPR, que funciona como um Fundo de Investimento, o ideal é que vás efetuando entregas periódicas. Desta forma reduzes o risco de estares a investir num “pico” de rentabilidade do Fundo. As rentabilidades estão sempre a subir e a descer e como nunca sabes a priori quando estás num pico, o melhor é diluíres ao longo do tempo essas entregas.
3º passo: aconselha-te com quem sabe
Há pessoas que são pagas “a peso de ouro” para fazerem análise de mercado e gerirem carteiras de investimento. Se são assim tão bem pagas é porque não é um trabalho que seja fácil de realizar. Infelizmente, é comum assistir a investidores que perdem muito dinheiro porque resolveram investir em algo que ouviram dizer ser um bom negócio. Isto é tanto mais caricato quanto estas pessoas investem em produtos que não têm qualquer conhecimento do funcionamento do mercado: ouro, cereais, petróleo, entre muito outros possíveis.
O importante é que invistas segundo aquilo que não podes mesmo deixar de contar no futuro e que procures investir em produtos de maior risco com a consciência que poderás vir a ficar sem esse dinheiro. Se estás a investir com risco o dinheiro que te faz falta para as necessidades essenciais, então estás a cometer um enorme erro. Para maiores rentabilidades maiores riscos terás de correr. É uma questão de opção.
FONTE: Idealista News

Banca reduz avaliação de imóveis pela primeira vez em oito meses

A banca diminuiu em Agosto, pela primeira vez desde Dezembro, o valor médio da avaliação dos imóveis. A descida foi de 0,3%, face ao mês anterior, para 1.036 euros por metro quadrado, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 23 de Setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
 
A queda mensal foi verificada em quase todas as regiões: Norte, Centro, Lisboa, Açores e Madeira. As excepções foram apenas Alentejo e Algarve, regiões que verificaram subidas mensais de 0,1% e 0,7%, respectivamente.
 
Em termos homólogos os preços aumentaram 0,4%, o que representa o menor crescimento desde Janeiro, mês em que os valores estabilizaram.
 
Por regiões, o Algarve continua a ser a que maiores avaliações dos imóveis tem (1.255 euros por metro quadrado), enquanto o Centro é a que tem a menor (847 euros).
 
Este indicador é fundamental para quem quer comprar casa através de crédito bancário. É que os bancos usam o valor da avaliação para determinar qual o montante que emprestam. Regra geral, os bancos financiam até 80% da avaliação. O que significa que se uma casa for avaliada por 100 mil euros, a banca empresta até 80 mil euros. E quanto maior for a diferença entre a avaliação feita do imóvel e o valor do empréstimo melhor serão as condições de financiamento.
 
Fonte: Jornal de Negócios

terça-feira, 22 de setembro de 2015

IMI pode baixar para 900 mil famílias

A Autoridade Tributária (AT) está a comunicar esta quarta-feira a todos os municípios o
número de famílias com um, dois, três ou mais filhos, seus residentes, que
podem vir a beneficiar de uma eventual redução no Imposto Municipal sobre
Imóveis (IMI).

Segundo os dados da AT, cerca de 900 mil famílias com filhos estão “potencialmente
abrangidas pelo IMI familiar a nível nacional”. A diferença entre este número e
o universo de famílias que beneficiam do quociente familiar resulta, de acordo
com fonte oficial da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, “de uma parte
das famílias com filhos não serem proprietárias de imóveis, mas sim
arrendatárias”.

Aos municípios, além do número de descendentes de cada agregado que vive naquela
zona, a AT está também a indicar o valor patrimonial tributário dos imóveis em
causa e o valor do IMI, com referência a 2014.

Com esta informação, as assembleias municipais podem deliberar a redução de taxa do IMI,
bem como os seus termos, fixando a redução dentro dos limites estabelecidos na
lei, que são os seguintes: com um filho, a conta do IMI pode ser menor até 10%
mais baixa, com dois filhos o desconto pode ascender a 15% e com três ou mais
filhos a fatura fiscal pode ficar até 20% mais barata.

O desconto no IMI visa imóveis de habitação permanente que estejam registados nas Finanças como domicílio fiscal.


Estes dados são necessários para que cada município possa decidir se vai ou não dar o
benefício fiscal previsto no IMI familiar, aprovado no Orçamento do Estado para
2015 e que, salienta fonte oficial das Finanças, “corresponde à transposição
para o IMI do quociente familiar do IRS, que permite a mais de um milhão de
famílias beneficiarem de uma redução do seu IRS desde janeiro de 2015”.
Entre os municípios com maior número de famílias com filhos, as Finanças destacam
Sintra. Lisboa. Vila Nova de Gaia, Braga e Porto.

As Finanças esclarecem que “caso seja deliberada a redução da taxa do IMI para as famílias com filhos, esta redução deve ser comunicada à AT pelos municípios, por
transmissão eletrónica de dados, até 30 de novembro”. Este benefício fiscal
será processado de forma automática pela AT e a liquidação do IMI familiar será
comunicada às famílias até março do ano seguinte. Inicialmente as famílias
tinham que pedir para ser abrangidas pelo desconto no IMI, caso a sua autarquia
deliberasse pelo benefício.

Cerca de duas dezenas de autarquias já sinalizaram a intenção em aderir ao IMI familiar
entre os quais Paredes, Funchal, Viana do Castelo, e Viseu, por exemplo.

No caso de Viseu, a Câmara aprovou uma redução de 15% do IMI para famílias com dois filhos e de 20% para as que têm três ou mais descendentes, no âmbito de um pacote de
medidas de apoio às famílias numerosas. A medida vai abranger oito mil famílias
e reduzirá em 300 mil euros a receita de IMI.


Fonte: Expresso

Confiança ‘de vento em popa’ no imobiliário

Segundo o Market Outlook de agosto de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais de Mediação de Imobiliária de Portugal, o Indicador de Clima Económico demonstra que existe fundamento para este ligeiro otimismo já que desde janeiro deste ano até junho ele tem vindo a aumentar. Em janeiro era de 0,3 pontos; em abril já se encontrava nos 0,8 e em junho tocava os 1,3. Números que ajudam a compreender os níveis de confiança no imobiliário.

Na construção, o pior cenário aconteceu em 2012, quando em dezembro desse ano tocou o nível mais baixo de sempre, ao atingir os -75 pontos.

O ano de 2013 foi de recuperação e o indicador subiu ligeiramente todos os meses até atingir os -50 pontos no final desse ano. Também 2014 foi de crescimento gradual, até atingir os -40 pontos, e 2015 é o ano em que a contagem já entrou na casa dos -30 pontos. Em janeiro deste ano estava nos -39,3 pontos e em junho atingiu os -37,6.

Uma ligeira subida da confiança que também é acompanhada pela mediação imobiliária. A confiança neste segmento de mercado só começou a crescer durante o ano de 2013 e na entrada do ano de 2014 ultrapassou os -0,3 pontos. Desde essa altura a linha de confiança tem aumentado gradualmente ao longo dos meses deste ano que já caminha para o último trimestre.

Investimento estrangeiro aumenta confiança

Este otimismo do setor tem sido bastante impulsionado pela entrada de investimento estrangeiro em Portugal, apesar do congelamento temporário na atribuição de vistos de residência a estrangeiros ao abrigo dos vistos gold, que entretanto já foram desbloqueados.

Contudo, o investimento direto estrangeiro no imobiliário nacional - de acordo com os dados do Market Outlook -, teve sempre subidas mensais consideráveis em 2014. Por exemplo, em fevereiro do ano passado entraram 83,5 milhões de euros e em julho já estavam a ser atingidos os 136,6 milhões de euros.

Efetivamente, a entrada de investimento estrangeiro no imobiliário animou o mercado e o peso deste capital foi muito importante, correspondendo em julho de 2014 a 7,15% do total de investimento direto estrangeiro em Portugal.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP