quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Reforma: sabes como podes preparar o teu futuro?

Um dos pontos mais quentes da campanha eleitoral é a sustentabilidade da Segurança Social. Independentemente das propostas de cada partido o que te deve interessar é pensar no porquê de tanta preocupação com este tema. A resposta é simples: o sistema de Segurança Social, tal como o conhecemos hoje, vai deixar de existir. 
Se tens entre 30 e 40 anos provavelmente receberás na idade da reforma cerca de 50-55% do último salário em idade ativa. Consegues imaginar a gestão da tua vida com metade do que recebes atualmente? Não será fácil.
Em vez de entrares em pânico, ou enterrares a cabeça na areia (como muitos portugueses), o melhor que tens a fazer é analisar soluções de preparação da reforma por conta própria.
Aqui ficam algumas sugestões para fazeres este trabalho:
1º passo: definires um montante por mês que consegues poupar
Em vez de dizeres logo que não é possível poupar, procura ter um olhar crítico e exigente sobre o teu quotidiano e vais descobrir formas de poupar. Um euro por dia já é poupar! No entanto, se quiseres uma referência mais objetiva procura respeitar a regra dos 10%. Isto é, dizem os “especialistas na matéria” que para uma vida equilibrada deves conseguir poupar mensalmente 10% do teu salário líquido. É exigente, mas é um investimento em ti próprio que será muito útil no futuro.
2º passo: diversifica os teus investimentos
É essencial perceberes qual o teu perfil de investidor: conservador, moderado ou agressivo. Conforme o teu perfil irás definir como vais investir o teu dinheiro. Uma pessoa conservadora é capaz de agarrar na poupança mensal e colocar tudo em produtos sem risco. Ao fazê-lo está a jogar pelo seguro mas também está a colocar-se numa posição em que o retorno do seu investimento é capaz de ser próximo do zero. Inclusivamente até pode vir a ter prejuízo, pois se colocar o dinheiro num produto que tem uma remuneração abaixo da inflação, o dinheiro investido não chega a superar a o valor médio da subida dos preços.
A regra de ouro é “não colocar os ovos todos no mesmo cesto”. A melhor forma de não assumir muito risco e colheres alguma rentabilidade é investires em diferentes tipos de produtos e em diferentes fases da tua vida. Por exemplo, se tens um PPR, que funciona como um Fundo de Investimento, o ideal é que vás efetuando entregas periódicas. Desta forma reduzes o risco de estares a investir num “pico” de rentabilidade do Fundo. As rentabilidades estão sempre a subir e a descer e como nunca sabes a priori quando estás num pico, o melhor é diluíres ao longo do tempo essas entregas.
3º passo: aconselha-te com quem sabe
Há pessoas que são pagas “a peso de ouro” para fazerem análise de mercado e gerirem carteiras de investimento. Se são assim tão bem pagas é porque não é um trabalho que seja fácil de realizar. Infelizmente, é comum assistir a investidores que perdem muito dinheiro porque resolveram investir em algo que ouviram dizer ser um bom negócio. Isto é tanto mais caricato quanto estas pessoas investem em produtos que não têm qualquer conhecimento do funcionamento do mercado: ouro, cereais, petróleo, entre muito outros possíveis.
O importante é que invistas segundo aquilo que não podes mesmo deixar de contar no futuro e que procures investir em produtos de maior risco com a consciência que poderás vir a ficar sem esse dinheiro. Se estás a investir com risco o dinheiro que te faz falta para as necessidades essenciais, então estás a cometer um enorme erro. Para maiores rentabilidades maiores riscos terás de correr. É uma questão de opção.
FONTE: Idealista News

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